Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 225

Amélia pegou um táxi sozinha para casa.

Estava um pouco escuro e a rua estava mais movimentada.

Sob as luzes de neon, havia uma agitação de tráfego.

Estava chovendo um pouco, não muito, com um toque de chuva, um pouco mais frio que o outono.

Amélia estava sentada no táxi, com a cabeça encostada na janela, observando a chuva cair lá fora.

As janelas estavam fechadas, e a água escorria pelo vidro, desenhando caminhos sinuosos e efêmeros.

O humor de Amélia refletia a escuridão noturna lá fora, sombrio e opressivo, pesado por emoções indefinidas.

"Sophia não é a mãe biológica do Rafael, você não sabia disso, não é?"

A expressão de surpresa de Matheus ecoava em sua mente.

Ela achava que, como ela e Rafael estavam divorciados há dois anos, ela não se importaria com o passado, mas quando isso era mencionado, ela ainda se sentia um pouco triste e desconfortável.

Amélia se lembrou de um casamento ao qual havia comparecido anos atrás.

O pai do noivo também era viúvo e havia se casado novamente, mas, após a cerimônia, ele fez questão de levar sua nova esposa ao túmulo de sua mãe e apresentá-la com grande estima: "Mãe, esta é sua nora, Lisa Cruz. Casamos hoje e estamos muito felizes. Pode ficar tranquila."

Acontece que ela estava lá na ocasião.

Ela ainda se lembra do orgulho e do arrependimento nos olhos do noivo quando ele apresentou solenemente sua esposa à mãe, orgulhoso por ter encontrado uma esposa que amava e arrependido por sua mãe não ter podido vê-lo se casar e ter filhos.

Amélia ficou impressionada com a cena.

Ela nunca imaginou que uma situação semelhante se desenrolaria em sua própria vida, apenas com um desfecho diferente.

Talvez fosse Essa a diferença entre amor e a falta dele.

Talvez na mente de Rafael, Helena fosse a nora que era boa o suficiente para levar para sua mãe.

Ela era apenas uma responsabilidade que os dois homens tiveram que assumir sob o efeito do álcool.

Embora tivesse entendido isso há muito tempo, quando confrontada novamente com essa crua realidade, Amélia percebeu que não conseguia ser indiferente.

Ela havia odiado Rafael e nunca se arrependeu de conhecê-lo.

Amélia não tinha um guarda-chuva e caminhou diretamente para dentro da chuva, chegando em casa com o cabelo já bastante molhado, principalmente a franja, que estava toda grudada.

Ao abrir a porta, Cecília olhou para ela com uma expressão de desaprovação: "Como você se molhou tanto? Não trouxe um guarda-chuva?"

"Ah, esqueci", Amélia respondeu suavemente com uma inclinação de cabeça, escondendo sua perversidade pelo modo como ajeitou as roupas molhadas.

"Vou tomar um banho", disse ela em voz baixa.

"Vá, não fique resfriada", comentou Cecília, empurrando-a em direção ao banheiro.

Laura estava em sua área de brinquedos montando blocos de construção. Ao ver Amélia entrar, ela a chamou com alegria: "Mamãe".

Amélia teve que olhar para cima e lhe dar um sorriso.

A menina era sensível o suficiente para ver que os olhos de Amélia estavam levemente vermelhos, e o movimento de suas mãos parou lentamente.

"Mamãe?"

A suave e doce voz dela tornou-se lenta e hesitante.