Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 245

Eles já tinham tido relações antes, após ao divórcio, mas desta vez Amélia estava um pouco embriagada e podia usar a bebida como um pretexto para sua vergonha.

Contudo, ela e Rafael se entregaram um ao outro com plena consciência.

Foi semelhante à primeira vez deles.

Também tinha sido sob essa mesma escuridão, esse mesmo olhar intenso que havia dado lugar a uma perda de controle repentina, até o inevitável ponto sem volta.

Ela e Rafael tinham uma atração fatal pelos corpos um do outro.

Amélia não entendia se isso era devido ao efeito dos hormônios.

Um dia de tempestade tropical, um homem e uma mulher sozinhos em um quarto de hotel, qualquer um desses pontos poderia levar à perda de controle.

Ambos não puderam resistir.

Mas como a noite havia sido de descontrole, o amanhecer tinha trazido consigo um acanhamento proporcional.

Principalmente agora que Amélia estava nos braços de Rafael, sob as cobertas...

Amélia lançou um olhar secreto para os roupões em cima do sofá, masculino e feminino amontoados e com peças íntimas misturadas, nitidamente jogadas ali no meio do caos.

Imagens inesperadas também se juntaram a essas memórias.

Em silêncio, Amélia levantou a mão para cobrir o rosto, segurando o cobertor e virando de costas, sem querer olhar para ele.

Rafael também tossiu suavemente e virou-se, antes de se sentar.

"Eu vou pedir que a equipe do hotel nos traga um café da manhã, mas vamos tomar um banho primeiro."

Ele falou, com uma voz baixa e calma, sem diferença do seu tom de costume.

Se ela não tivesse convivido com Rafael por dois anos, Amélia iria ter dificuldades em associar o homem calmo e composto de agora com o apaixonado e descontrolado da noite anterior.

"Hum."

Amélia respondeu baixinho, ainda de costas para ele, sentindo o acanhamento maior que qualquer outra coisa entre um casal divorciado que acabou na cama juntos.

Rafael ficou calado.

Ela ouvia sons de roupas sendo vestidas por de trás dela.

Amélia tentou se conter e tentou não olhar para trás até ouvir a porta do banheiro abrir e depois fechar, fazendo com que ela suspirasse aliviada e olhasse naquela direção.

Rafael estava escovando os dentes, sua figura alta e reta era refletida na porta de vidro jateado sob a luz, exalando uma segurança e calma bem diferentes da paixão da noite anterior.

Amélia olhou para outra direção e se levantou, envolvendo-se no cobertor para tentar se vestir. Os roupões e as roupas íntimas estavam ali, mas as roupas que deveriam estar por baixo tinham sido jogadas em algum lugar no meio daquela intensidade toda.

Ela vestiu o roupão e se abaixou com cuidado para procurar as outras peças, mas antes que conseguisse encontrá-las, a porta do banheiro se abriu de novo, fazendo com que Amélia se levantasse ligeiramente, segurando o roupão com ambas as mãos e apressadamente atasse o cinto.

Ela nem tinha feito um nó no cinto do roupão quando Rafael saiu do banheiro.

Ela falou, virando-se para caminhar até a varanda para pegar suas roupas que estavam no secador.

Ela não havia notado que o cinto do roupão que ela tinha amarrado apressadamente havia se soltado um pouco com o movimento que tinha feito de pressionar contra o peito.

Rafael percebeu.

"Espere."

Ele a chamou.

"Hm?"

Amélia virou-se atrapalhada a para olhar para ele, com um olhar questionador.

Rafael, sem dizer nada, caminhou na direção dela e parou em sua frente. Então, sob seu olhar confuso, suas mãos afastaram o cabelo que estava caindo sobre os ombros, puxou levemente o roupão para cima e, agarrando o tecido dos dois lados do decote, cruzou-os, fechando a abertura que antes se mostrava. Só então, ele olhou para a faixa que pendia solta na cintura dela.

Amélia abaixou os olhos espontaneamente e, ao ver o nó frouxo na faixa, foi novamente tomada por um sentimento de acanhamento, seguido de incerteza. Ela ficou sem se mover, observando as mãos de dedos definidos habilmente refazerem o laço.

Ele havia feito um laço bonito e firme, um nó de borboleta.

Amélia não pôde evitar de olhar para Rafael.

Ele estava arrumando as dobras do laço de borboleta, com um semblante calmo no rosto, concentrado e gentil.

Naquele momento, Amélia começou a sentir uma onda de emoções complexas.