Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 524

Ouvindo o silêncio do outro lado da linha, o rosto de Rafael tornava-se cada vez mais sombrio.

"Vá até a sala de distribuição verificar o que houve com a falta de energia."

Rafael disse, sem parar de caminhar.

"Certo." Bruno respondeu em voz baixa, chamando o segurança que o seguia para irem juntos à sala de distribuição.

Rafael, por sua vez, apressou o passo em direção ao canteiro de obras.

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No canteiro de obras

A súbita falta de luz trouxe um pouco de desordem ao que antes era uma divisão de trabalho organizada, e as pessoas que trabalhavam seriamente começaram a expressar pânico e confusão.

"O que está acontecendo?"

"O que foi isso?"

"Foi uma queda de energia?"

...

As perguntas surgiam entre os sons das máquinas.

Amélia também olhou ao redor, mas a escuridão repentina dificultava a adaptação de seus olhos, ainda mais ao ar livre e sob chuva, não conseguindo ver nada ao seu redor.

Porém, a betoneira, que dependia de energia externa, continuava a funcionar, mal podendo ver o tubo de entrega erguido, mirando a entrada do pilar de concreto.

Amélia não sabia se a queda de energia era uma coincidência ou algo mais, então, instintivamente, segurou o braço de Álex ao seu lado e perguntou em voz alta para Benício, na escuridão:

"O que está acontecendo?"

"Provavelmente um curto-circuito em algum lugar." Benício respondeu alto, movendo-se ligeiramente para o meio da multidão, "Eu mandei alguém verificar a fiação, todos parem o que estão fazendo por enquanto e fiquem atentos à segurança."

Gustavo, ansioso, acendeu a lanterna do celular para verificar a hora, preocupado em perder o momento auspicioso, e gritou para as pessoas ao redor sob a chuva: "Aqueles que não estão envolvidos, fiquem onde estão, operadores da betoneira continuem trabalhando..."

Ele estava com pressa, caminhando rapidamente, e seu corpo ainda não estava completamente recuperado, tropeçando em algo, de repente, tropeçando várias vezes, quase caindo.

Amélia estava ao seu lado, tirando o celular para ligar a lanterna, quando, pelo canto do olho, viu Gustavo tropeçar e quase cair. Instintivamente, ela estendeu uma mão para segurá-lo pelo braço, estabilizando-o antes que caísse.

Quase no mesmo momento, Amélia sentiu Álex, ao seu lado, tropeçar violentamente, como se tivesse sido atingido por alguém no escuro, perdendo o equilíbrio e indo em direção à grade.

A luz fraca do celular de Gustavo permitiu que Amélia visse o tubo de entrega da betoneira erguido, e o concreto sendo despejado a uma velocidade incrível no pilar.

Álex, magro e franzino, ao bater na grade, quase caiu para fora dela, parecendo prestes a despencar.

O rosto de Amélia mudou abruptamente, soltando Gustavo para agarrar as duas mãos de Álex.

O caos e a urgência dominavam o local.

Sob a luz fraca, as pessoas se aglomeravam em frente à grade, inclinando-se para tentar ver abaixo na superfície escura da água.

Mas, sem a iluminação dos holofotes, a superfície da água estava tão escura que nem sequer era possível ver alguém lutando ou ouvir gritos de socorro.

"Parem as máquinas, alguém caiu lá!"

Os apelos urgentes continuavam.

"O que aconteceu?" Rafael perguntou, furioso.

Gustavo, reconhecendo a voz de Rafael, virou-se em sua direção, a voz tremendo incontrolavelmente: "Amélia, Amélia caiu, não sei se ela caiu no concreto que estava sendo despejado... não podemos ouvir nenhum pedido de socorro..."

"..." Rafael teve um momento de completo vazio mental, como se até sua respiração tivesse parado.

"Rafael." Gustavo o chamou novamente, empurrando-o com força.

Rafael parecia finalmente ter recuperado a consciência.

"Parem as máquinas! Salvem-na! Rápido!"

Ele gritou com urgência, suas mãos agarraram a grade e a escalaram num movimento rápido, e antes que as pessoas ao redor pudessem reagir, uma sombra passou por eles, e Rafael já havia saltado para o rio.