Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 525

"Rafael! Rafael!" Gustavo gritou desesperadamente em direção à superfície do rio, mas a correnteza turbulenta engoliu a voz de Rafael.

Gustavo não podia ouvir nada, nem ver, a escuridão do rio fazia seu coração bater aceleradamente.

Ele se virou, ignorando tudo, e gritou furiosamente para as pessoas ao redor, que estavam petrificadas de medo: "O que vocês estão olhando? Vamos, salvem-no!"

Todos despertaram imediatamente, lembrando uns aos outros para parar tudo e iniciar o resgate.

A máquina de concreto, operando até então, foi desligada em meio à confusão.

Uns pularam no rio, outros ligaram para emergência, alguns tentaram desmontar os pilares de sustentação, criando um verdadeiro caos.

Rafael mergulhou gritando o nome de Amélia, procurando-a enquanto mergulhava repetidas vezes, mas não encontrou nada, nem ouviu qualquer resposta.

Apenas o som da correnteza rápida e forte ecoava ao redor.

"Amélia!"

A voz de Rafael tremia, e um medo profundo e sem precedentes percorria todo o seu corpo, ele não se atrevia a pensar demais, emergindo para respirar antes de mergulhar novamente.

Mas as correntezas abaixo da superfície eram fortes e obscuras, sem sinal de nada.

Amélia parecia ter desaparecido no ar, completamente inalcançável.

Os olhos de Rafael, cada vez mais vermelhos, o impeliam a procurar rio abaixo, gritando o nome de Amélia enquanto procurava. Cada mergulho durava mais que o anterior, e seu desespero crescendo.

A água fria do inverno e o longo período de imersão e mergulho começaram a afetar sua força, mas Rafael se recusava a desistir. Ele chamava por Amélia com mais urgência a cada tentativa, sua voz ficando cada vez mais rouca e trêmula, até que quase não conseguia mais gritar.

Os trabalhadores que também entraram no rio para ajudar na busca estavam tão desesperados quanto Rafael, mas, como ele, não encontraram nada.

Amélia parecia ter desaparecido sem deixar rastros, além de um som de "pluft" não muito comum quando ela caiu. Não houve gritos de socorro ou qualquer outro som.

Isso desafiava toda a lógica, pois mesmo uma pessoa que não sabe nadar lutaria instintivamente pela vida na água, tendo força suficiente para aguentar por algum tempo.

A menos que...

Ele parecia enlouquecido, sua voz rouca e ininteligível, seus olhos vermelhos talvez repletos de lágrimas ou água, os espectadores não podiam dizer, nem tinham a oportunidade de observar melhor, pois Rafael já havia mergulhado novamente.

Os outros mergulhadores apressaram-se em segui-lo.

Na margem, Gustavo também assistia à loucura de Rafael, andando de um lado para o outro, gritando seu nome em desespero, mas sem obter resposta.

O temor e a ansiedade fizeram com que ele se virasse às pressas para os outros, gritando com urgência: "Corram, puxem alguém para cima, se continuarmos assim, vai acontecer uma tragédia."

Aqueles que hesitavam em entrar na água finalmente saltaram para dentro dela.

Quase no mesmo instante, um holofote escuro subitamente se acendeu, iluminando a superfície da água antes escura, tornando-a tão clara quanto o dia.

Mas entre as pessoas que flutuavam na água, não se podia ver Rafael nem Amélia.

Bruno acabara de chegar apressado, e antes mesmo de se aproximar, viu o caos que se formava na superfície do rio. Seu rosto se contraiu em tensão, e ele se apressou, perguntando ansiosamente: "O que aconteceu?"

Gustavo, como se tivesse encontrado sua salvação, gritou para Bruno com urgência: "Rápido, salve Rafael, ele ainda está no rio, não vai aguentar."