Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 562

Clara acabara de chegar para usar o banheiro quando viu Fabiana, debruçada sobre a pia, com ânsias de vômito, e aproximou-se preocupada.

"Fabiana, o que houve?" Clara perguntou, preocupada, enquanto pegava alguns lenços de papel para lhe oferecer.

"Não é nada, só um mal-estar estomacal." Fabiana aceitou os lenços que Clara lhe passou, mas então teve uma ideia que fez sua desculpa para se ausentar parecer completamente justificável.

"Clara, estou realmente me sentindo mal, acho que preciso ver um médico. Você pode me ajudar a pedir uma licença médica?"

Fabiana perguntou de forma frágil enquanto limpava o canto da boca.

Ela realmente parecia debilitada.

Nos últimos dias, o medo de Rafael a havia mantido acordada à noite, e agora, esse mesmo medo estava irritando seu estômago, causando uma resposta de estresse gastrointestinal em todo o seu corpo.

Clara conseguia ver sua fraqueza e assentiu: "Claro, eu falarei com o Sr. Ferreira."

Depois, ainda preocupada, perguntou: "Você quer que eu te leve ao hospital?"

"Não precisa." Fabiana recusou com um gesto de mão. "Eu consigo ir sozinha."

Clara assentiu: "Então, tome cuidado e me ligue se precisar de algo."

Fabiana assentiu, despediu-se de Clara e saiu, segurando o estômago.

Somente quando chegou ao estacionamento subterrâneo e entrou no carro, o desconforto causado pelo medo de Rafael começou a diminuir um pouco.

Fabiana tomou um grande gole de água, o que a fez se sentir um pouco melhor.

Depois de suspirar profundamente, colocou a garrafa de água de lado, ligou o motor e estava prestes a sair quando, ao levantar os olhos, levou um susto terrível, diminuindo a velocidade ao invés de acelerar.

O carro parou abruptamente.

Héctor, como um fantasma, estava de pé na frente do carro, olhando-a intensamente.

Era a primeira vez que Fabiana enfrentava Héctor desde o incidente com Amélia.

No dia seguinte ao acidente com Amélia, Héctor não estava na empresa. Ela tinha ido para Cidade do Mar logo cedo, ficou lá por alguns dias e, ao voltar para Cidade Oeste, Rafael a forçou a fazer um teste de paternidade com Lucas Soares, sendo hoje sua primeira volta ao escritório.

Havia muitas pessoas no escritório, e eles não haviam trocado uma palavra sequer.

Héctor parecia um pouco distante, mas fisicamente estava bem.

Fabiana não entendia como ele tinha chegado ali ou desde quando estava lá, se Rafael o tinha visto procurando por ela...

Com a mente cheia de perguntas, Fabiana olhou nervosamente ao redor para se certificar de que não havia ninguém por perto e que seu lugar de estacionamento estava fora do alcance das câmeras. Então, ela forçou-se a abaixar o vidro do carro e tentou parecer calma ao enfrentar Héctor.

"Você precisa de algo?" perguntou Fabiana, como se estivesse conversando com um colega qualquer, embora parecesse confusa.

Héctor apenas a olhou friamente, mas falou: "Não estou me sentindo bem, pode me dar uma carona?"

Fabiana: "..."

Ela acabara de pedir uma licença médica, assim como Héctor, e os dois estavam desaparecendo durante o horário de trabalho, o que certamente levantaria suspeitas sobre eles.

"Não vai ser possível." Fabiana disse. "Estou com um mal-estar estomacal e preciso ir ao hospital para uma emergência."

"Por coincidência, eu também preciso ir ao hospital."

Héctor disse, aproximando-se para tentar abrir a porta do carro, mas não conseguiu, pois Fabiana tinha travado as portas.

Fabiana o olhou com firmeza: "Realmente não posso. Estou me sentindo muito mal."

Ela só sentia medo quando estava diante de Rafael.

Em relação a Héctor, ela não demonstrava preocupação.

Héctor, percebendo sua confiança, esboçou um sorriso frio nos olhos: "Tem medo que Amélia volte para se vingar?"

"Não sei do que você está falando."

"Desde quando eu estou com medo?" Fabiana o olhava como se estivesse olhando para um louco. "Sr. Gomes ofereceu um milhão de reais por informações sobre Amélia, um milhão, tá? Claro que eu vou ficar chocada ao ouvir qualquer coisa sobre Amélia. Além disso, ela é minha colega e companheira de trabalho, ficaria feliz em saber dela."

Héctor soltou mais uma risada fria: "Se estivesse tão chocada, a reação normal seria olhar para mim surpresa e perguntar 'sério?' Mas você não parece chocada; parece mais é estar se sentindo culpada."

"De qualquer forma, você tem preconceito contra mim. Não importa o que eu diga ou faça, você vai interpretar do jeito que quiser." Fabiana olhou para ele. "Onde está Amélia, afinal?"

Héctor apenas a olhou com um sorriso frio, sem responder.

Fabiana pegou o celular, prestes a ligar para Rafael: "Então vou ligar para o Sr. Gomes e dizer que você tem informações sobre Amélia."

De repente, Héctor estendeu a mão, arrancando o celular dela.

Fabiana continuou com uma expressão confusa e inocente, olhando para ele.

"Fique tranquila, eu não gravei nada."

Héctor falou.

Mas a expressão de Fabiana não mostrou nenhum sinal de fraqueza devido às suas palavras.

"Não me importo se você gravou ou não."

Ela murmurou insatisfeita, notando que já haviam chegado ao hospital, estacionou o carro com cuidado e então olhou para Héctor.

"Onde está Amélia, afinal?"

Enquanto falava, alguém já havia pegado o celular dela.

Mas Héctor não respondeu, apenas abriu a porta do carro, desceu e caminhou em direção ao pronto-socorro.

Fabiana observou sua silhueta por um tempo, a leveza e inocência em seu rosto gradualmente se transformando em seriedade.

Ela hesitou por um momento, mas finalmente abriu a porta do carro e saiu, seguindo a direção de Héctor.