Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 629

Rafael estava ansioso, mas também perdido.

Dionísio, conhecedor profundo da arte da estratégia, havia tocado precisamente naquilo que mais o preocupava com seu alerta.

As falsas alegrias o tornaram hesitante e temeroso na busca pela verdade.

As repetidas chamas de esperança seguidas de decepção o fizeram, muitas vezes, temer por se apegar novamente a qualquer esperança, embora não pudesse, nem quisesse, desistir.

Pela última vez...

Olhando para os turistas abaixo, que não mostravam qualquer sinal de anormalidade, Rafael repetia para si mesmo que devia acreditar mais uma vez no destino, acreditar mais uma vez que Amélia poderia realmente ainda estar viva.

Apoiando-se nessa crença, ele caminhou pelo shopping movimentado e animado, ocasionalmente vendo os seguranças à paisana que contratara, que seguravam uma foto de Amélia, perguntando aos turistas se a haviam visto, mas as respostas sempre eram apenas gestos de negação e cabeças balançando.

Quanto mais via cenas como essa, mais o coração de Rafael afundava.

A urgência e a certeza que o levaram da escola ao shopping e depois ao hotel se desfaziam pouco a pouco com os gestos educados de negação.

O anúncio do navio e as grandes telas continuavam sem emitir qualquer mensagem de busca.

O telefone de Rafael tocou, era Bruno.

“Sr. Gomes, os equipamentos estão com defeito, não conseguimos transmitir.”

Assim que atendeu, a voz preocupada de Bruno veio do outro lado da linha, “A tripulação disse que os equipamentos estão com defeito há algum tempo, e que uma das razões para esta parada era justamente para consertá-los. Perguntei aleatoriamente a alguns turistas, e todos confirmaram que houve avisos sobre o problema nos últimos dias.”

“Então vamos encontrar alguns megafones, pegar microfones, preparar pôsteres de Amélia e fazer uma busca em toda a extensão do navio.”

Rafael disse friamente, e desligou o telefone.

Mas, como nas cenas anteriores, a resposta do transeunte após olhar a foto foi um educado gesto de negação: “Desculpe, não vi.”

E então, se virou e foi embora.

Pedro esboçou um sorriso frio, sem dizer mais nada, mas o desdém em seus olhos era ainda mais evidente.

Rafael não o olhou, a negação após negação dos transeuntes tornava seu coração cada vez mais vazio e sem esperança.

Ele se virou sem dizer uma palavra, caminhando para dentro da multidão agitada.

Pedro observou Rafael desaparecer lentamente entre as pessoas, seu semblante também se suavizando gradualmente.

“Desculpe.” Ele murmurou um pedido de desculpas, “Os dois anos sem você foram os mais felizes da vida dela.”