Dentro do carro, parado na rua...
Gabriel mantinha o olhar fixo na entrada do prédio comercial. A mão esquerda apertava o volante com força enquanto rangia os dentes.
— Quem fez a denúncia? — Perguntou com a voz tensa.
— A pessoa não deixou nome... Não tenho essa informação. — Respondeu o segurança.
Gabriel respirou fundo, tentando manter o controle.
— Era homem ou mulher? — Perguntou, mais direto.
— Mulher. — Disse o segurança, sem hesitar.
— Jovem ou mais velha?
— Jovem. — Confirmou ele.
Os olhos de Gabriel se arregalaram. Sabia! Só podia ser a Beatriz!
Mas como ela o tinha descoberto? Em que momento passou por ele e entrou no prédio sem que ele percebesse? Ele tinha vigiado cada pessoa que entrou.
— Você pode me passar o número dela? — Perguntou Gabriel, tentando soar casual.
O segurança hesitou, claramente desconfortável.
— Me desculpe, senhor, mas isso é complicado... Hoje foi só um mal-entendido, um pequeno engano, não houve maiores problemas. Só incomodamos o senhor sem querer. Então... Passar o número dela... O senhor entende, né? Como homem, sei que não vai guardar rancor por isso.
Gabriel apertou o celular com força e murmurou, contendo a frustração:
— Só queria perguntar, não é pra me vingar nem nada.
Mas o segurança, bem treinado, se manteve firme e recusou, educadamente. Sem alternativa, Gabriel encerrou a ligação.
Os homens que estavam posicionados nas entradas continuavam em vigília, mas agora o próprio segurança se mantinha por perto, patrulhando e vigiando-os discretamente. De tempos em tempos, lançava olhares diretos, nada sutis.
— Sr. Gabriel, os seguranças estão claramente de olho na gente. Se a gente continuar aqui, vai acabar levantando suspeita. — Comentou um dos homens pelo fone. — Estou com receio deles chamarem a polícia. E se isso acontecer, o senhor vai acabar se expondo.
Gabriel ficou em silêncio por alguns segundos. Por fim, deu a ordem:
— Recuem por enquanto.
Mesmo assim, manteve os olhos grudados nas janelas do prédio, a frustração estampada no rosto. Não era fácil aceitar que ela tinha escapado bem debaixo de seu nariz.
No 12º andar, no corredor próximo aos elevadores...
Rafael ficou confuso por um instante, mas depois de ouvir os detalhes, ficou surpreso.
“Essa foi boa... Uma verdadeira estratégia de contrainteligência. A Sra. Beatriz é mais esperta do que parece.”
— Mas também pode não ter sido ela. Vai que era só alguém que passava por ali. — Ponderou Rafael. — Melhor orientar os homens a se manterem mais discretos. Se forem descobertos de novo, vai acabar chamando atenção.
Gabriel concordou. Amanhã precisaria trocar toda a equipe. Os seguranças do prédio já haviam decorado o rosto de todos de hoje. O novo plano era vigiar diretamente do saguão, próximo aos elevadores. Seria menos chamativo do que ficar na porta.
Esperou até às 8h30. Quando não viu nenhum sinal novo, finalmente ligou o carro e foi trabalhar.
No momento em que virou o carro para sair, passou bem ao lado de outro veículo.
Dentro dele, Daniel, que dirigia tranquilamente, virou a cabeça instintivamente ao ver quem estava no volante do carro ao lado e franziu a testa, surpreso.
“Gabriel?
O que ele estaria fazendo ali tão cedo? Aquilo não era caminho pro trabalho dele, tampouco um local de reuniões ou de clientes.”
Daniel achou estranho, mas não quis se envolver. Não era da sua conta.
Seguiu até a garagem do prédio, estacionou e logo depois subiu para o escritório no elevador.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
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O que está acontecendo???? Está parado faz muito tempo!!!! Desbloqueia!!!...
Desbloqueia!!! Já está no capítulo 740 há muito tempo...
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Desbloqueia quero pagar pra ler!!!!!...
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