Gabriel a segurou firme, mas, naquele momento, a alça da blusa dela escorregou suavemente.
Do ângulo em que estava, ele viu a curva delicada do busto, o tecido moldando suavemente os contornos. No centro daquele vale tentador, ainda havia marcas suaves, traços de desejo deixados por ele na noite anterior. E o pior... Aquela roupa era da Beatriz.
De repente, um sentimento estranho tomou conta dele, como se estivesse traindo Beatriz bem na frente dela. Um arrepio subiu pela palma da mão e, desconcertado, ele virou o rosto rapidamente.
— Gabi, segura minha mão esquerda... Quero lavar o rosto — Pediu Vitória, levantando os olhos para ele.
Gabriel apenas torceu a toalha e a entregou, sem dizer uma palavra.
Vitória enxugou o rosto, apoiando-se na pia, tentando ficar de pé sozinha.
— Já estou melhor... Obrigada. Você pode ir... — Começou a dizer, mas antes de terminar, cambaleou outra vez.
Dessa vez, Gabriel já esperava. Num movimento rápido, quase instintivo, a envolveu pela cintura, segurando-a com firmeza.
— Não tente ser forte agora... seu pé precisa se recuperar direito. — Gabriel falou, com a voz baixa e calma.
Vitória segurou o braço dele e virou o corpo. Ficaram frente a frente.
Devagar, a mão dela subiu e se enlaçou em torno do pescoço dele. O olhar tímido, mas cheio de desejo, era um convite silencioso.
O ar naquele banheiro pequeno ficou denso, quente. Seus rostos foram se aproximando lentamente, os lábios quase se tocando... Até que, de repente, o olhar de Gabriel pousou sobre a marca no ombro dela.
Aquela mesma marca que ele havia deixado na noite anterior, num momento de pura loucura.
Foi como um balde de água fria. A lucidez voltou. Gabriel endireitou o corpo e se afastou um pouco, a expressão completamente neutra:
— Vou te levar de volta pro quarto.
Na noite anterior, ele ainda podia culpar o impulso. Mas agora?
Repetir o mesmo erro duas vezes seria imperdoável.
Vitória foi carregada no colo, contrariada, e depositada de volta na cama, sem poder fazer nada.
“Por que não dá certo? O que tá acontecendo?” pensou, mordendo o lábio com frustração. “Ontem também... Ele parou bem na hora.”
Quando ele virou para sair, ela agarrou a mão dele com força, mordendo o lábio, frustrada:
— Gabi... Você tá me evitando? Tá me odiando?
Ele não sabia explicar o motivo, mas quanto mais tempo passava naquele espaço que tinha pertencido à Beatriz, mais sufocado se sentia.
Era como se estivesse sendo julgado. O coração batia forte, pesado. E o leve perfume dela no ambiente só tornava tudo pior.
Era estranho. Não conseguia entender. Pegou o celular na mesa de cabeceira e viu a mensagem que tinha enviado por engano para Beatriz, nenhuma resposta.
Cerrou o punho. O incômodo virou irritação. Arremessou o celular no tapete com força. O aparelho deslizou até a parede.
No hospital, Beatriz conversava com Daniel.
Ela tinha visto a mensagem de Gabriel. Ignorou.
“O que ele quer? Explicar por que a Vitória tá na nossa casa? Ou esfregar na minha cara que levou outra mulher pro meu quarto, para minha cama?”
Ela não estava lá. Eles podiam fazer o que quisessem. Mas só de imaginar que poderiam ter feito isso na cama dela, o estômago revirava.
Que nojo.
Quando voltasse para casa, jogaria fora todos os lençóis. E desinfetaria cada canto daquele quarto.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
Desbloqueia quero pagar pra ler!!!!!...
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Eu estou pagando para ler os capítulos e vcs não desbloqueiam para que eu possa ler. O que acontece????...
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Não consigo pagar para desbloquear. Está dando erro!!!!...
Que chato!!! Desbloqueia!!!!...
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