Beatriz continuava imóvel, sem dar qualquer sinal de reação.
— Dez minutos. Nem um a menos. — Rosnou Gabriel entre os dentes.
O diretor de negócios lançou um olhar para a pasta nas mãos de Gabriel. O título do projeto, de fato, correspondia ao que haviam agendado.
Discretamente, cutucou Murilo com o cotovelo.
Murilo virou o rosto. O outro, com os olhos, sinalizou claramente: “Fala alguma coisa você.”
Murilo retrucou com o olhar: “Por que não fala você?”
Ela é sua subordinada. Sua palavra pesa mais que a minha.
Murilo apenas suspirou.
Aquilo, no fim das contas, era o mesmo que vender o tempo de Beatriz em troca de uma possível parceria.
E pensar que ele tinha prometido que ela não precisaria fazer nada... Agora estava com a cara no chão.
— Sr. Gabriel, por favor, sente-se. Beatriz, você também. Vamos conversar com calma. — Disse Murilo, forçando um sorriso, mesmo sem graça.
Beatriz lançou um olhar rápido ao seu chefe. Suspirou por dentro.
Depois olhou para Gabriel e respondeu:
— Dez minutos, certo? Concordo. Mas só depois da reunião sobre o projeto.
Vai que ele usava a conversa como desculpa e depois simplesmente fosse embora, como se o Grupo Aurora fosse uma piada.
— Será que dá pra acrescentar mais dez minutos? — Gabriel tentou, num tom quase suplicante.
O olhar gélido de Beatriz foi resposta suficiente.
Gabriel recuou na hora, sentindo o golpe. Baixou a cabeça e disse num tom humilde:
— Tá bom. Dez minutos. Só isso.
Aquela cena...
O todo-poderoso Sr. Gabriel, normalmente altivo e arrogante, agora quase se curvando, falando com a voz baixa e suplicante.
O diretor de negócios e Murilo ficaram boquiabertos. Por dentro, soltaram um sonoro “uau”.
Instintivamente, voltaram seus olhares para Beatriz.
Mesmo sendo apena” a ex-esposa, era impossível negar: Beatriz tinha poder.
Conseguia fazer um homem daquele calibre se dobrar, quase implorar.
Gabriel voltou à cadeira. O diretor e Murilo também se sentaram em seguida.
Beatriz ocupou a cadeira ao lado.
O documento não era longo. Logo o diretor e Murilo terminaram a leitura.
Ficou evidente que aquele material vinha de dentro do próprio Grupo Pereira.
Ao final, havia inclusive uma lista com empresas “em avaliação”, com prós e contras destacados.
E o nome da Aurora... Nem sequer aparecia ali.
Ou seja...
Estava claro: a Aurora nunca foi considerada de fato.
Gabriel levou os documentos só para cumprir protocolo. Tudo aquilo era encenação.
Ser manipulado dessa forma, e ver Beatriz transformada em moeda de troca, finalmente fez Murilo perder a paciência.
Ergueu a cabeça e perguntou com franqueza:
— Sr. Gabriel, ao que parece, sua empresa já possui potenciais parceiros bem definidos. Poderia nos esclarecer o real motivo da visita?
Só então Gabriel desviou os olhos de Beatriz.
Lançou um olhar rápido ao final do documento e notou a lista de empresas.
— Aquilo é apenas uma referência preliminar. A lista não está completa. — Respondeu ele, com o rosto sereno, sem se abalar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
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O que está acontecendo???? Está parado faz muito tempo!!!! Desbloqueia!!!...
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