O romance Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle foi atualizado para Capítulo 0004.
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Capítulo 0004 Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
Quando Beatriz finalmente chegou em casa, já passava das onze da noite.
A casa estava silenciosa, mergulhada na escuridão.
Beatriz não deixou nenhuma luz acesa na sala.
Afinal, era quase certo que Gabriel estaria por aí, provavelmente nos braços de Vitória, aproveitando a noite em algum lugar.
Voltar para casa?
Isso era pouco provável.
Apoiando-se nas paredes, sentindo o corpo inteiro latejar de dor, Beatriz pegou a caixa de primeiros socorros.
Caminhou devagar até seu pequeno quarto.
Dois anos de casamento.
Na prática, um casamento de fachada.
Gabriel sempre manteve distância, fiel apenas ao seu verdadeiro amor.
Nunca deixou que ela sequer se aproximasse da suíte principal.
“Ainda bem”, pensou Beatriz, com amargura.
Só de imaginar ser tocada por ele agora… Sentia náusea.
Com dificuldade, desinfetou o cotovelo ferido e o dorso do pé, inchado e dolorido.
Nem teve forças para guardar a caixa de primeiros socorros.
Deixou-a sobre o criado-mudo, prometendo a si mesma arrumar tudo pela manhã.
Trocou de roupa com esforço e deitou-se na cama.
Ao tentar virar o corpo, a dor na base da coluna a fez prender o ar num suspiro.
Fechou os olhos, tentando esvaziar a mente.
O cansaço venceu.
Logo, adormeceu.
Enquanto isso, do outro lado da cidade, Gabriel acompanhava Vitória até o hotel.
— Gabi… Você me leva até o quarto? — Pediu ela, sentada no banco do passageiro, os olhos brilhando, a voz carregada de insinuação.
Gabriel não respondeu.
Com uma mão no volante, olhava de canto para a tela do painel do carro.
Sentia-se inexplicavelmente irritado. Ansioso.
Essa já era a vigésima ligação feita, e ninguém atendia.
Ao lado, Vitória esperava ansiosa, mas Gabriel não reagia aos seus olhares cheios de intenção. Em vez disso, ela ficava encarando a tela do painel do carro.
O número que aparecia ali... Não tinha nenhum nome salvo, mas parecia familiar.
Vitória pegou o próprio celular, abriu a página das mensagens e conferiu a última conversa. A mensagem que havia enviado para Beatriz… Era o mesmo número.
O mesmo número que, agora, fazia Gabriel perder a concentração.
Vitória apertou os lábios, e por um breve instante, seu olhar ficou sombrio.
O carro parou em frente ao hotel.
— Gabi… Já faz dois anos que a gente não se vê. Você me leva até o quarto? — Pediu ela novamente, desta vez colocando a mão sobre a dele.
Seus dedos deslizaram suavemente pela manga da camisa, num gesto carregado de intenção.
Gabriel entendeu perfeitamente.
Mas, em vez de corresponder, afastou delicadamente a mão dela.
Saiu do carro, abriu a porta para ela, educado, mas frio.
— Sobe primeiro. Eu preciso encontrar a Beatriz. Ela não atende a ligação.
Vitória desceu do carro devagar, parou à frente dele, mordendo o lábio inferior.
Seus olhos brilharam, úmidos, mas as lágrimas não caíam.
— Você… Você está apaixonado pela Beatriz? — Perguntou, ferida. — Desde que estávamos no hospital, você não parou de ligar pra ela.
Gabriel nem hesitou para responder:
— Claro que não. Eu jamais amaria alguém que te machucou tantas vezes. Estou ligando para ela porque… Tenho medo que vá reclamar com meu avô. Se ele souber, vai sobrar pra você de novo. — Explicou, acreditando piamente que aquilo fazia total sentido.
O rosto de Vitória voltou a se iluminar.
Claro… O Gabi dela continuava o mesmo.
Ela sabia.
— Então… Me dá um beijo, e eu acredito em você. — Pediu, manhosa, com um sorriso doce, mas o veneno escondido brilhava em seus olhos.
Gabriel a olhou, os lábios apertados em uma linha fina.
Vitória já estava com os braços ao redor do pescoço dele, pronta para um beijo francês, carregado de desejo e saudade.
Mas…
Gabriel apenas encostou os lábios suavemente na testa dela.
Um beijo leve.
Distante.
Sem emoção.
Vitória franziu as sobrancelhas, claramente insatisfeita.
Ela mesma aproximou o rosto, buscando os lábios dele com ansiedade.
Ele desviou.
— Gabi… — Os olhos dela se encheram de lágrimas mais uma vez. — Então é isso? Você não me ama mais? Ainda guarda rancor porque eu fui embora? Você sabe que eu não tive escolha… Foi seu avô… — A voz dela saiu trêmula, carregada de mágoa.
— Não pensa besteira. — Gabriel a interrompeu suavemente, afastando-se um pouco. — Estamos na frente do hotel… Em público. E se aparecer algum paparazzo? Isso pode prejudicar sua imagem.
Vitória ficou ali, parada, olhando para ele com tristeza e frustração.
Por dentro, o desespero crescia.
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