Quando Gabriel voltou para casa com Vitória, Beatriz já estava ocupada na cozinha.
Ele entrou e se aproximou, ficando tão perto que os dois quase se encostaram. Observava enquanto ela mexia a panela, e ainda teve a ousadia de roubar um pedaço da carne de panela, ainda quente, como se nada mais existisse no mundo.
Na porta, Vitória assistia à cena com os dentes praticamente trincando. Talvez fosse só impressão... Mas, desde que Beatriz voltou, Gabriel parecia mais próximo, mais íntimo, dela.
— Biaaa, o que você tá fazendo, hein? Que cheiro bom~ — Vitória surgiu com um sorriso doce no rosto, se enfiando no meio dos dois. — Gabi é fogo, viu? Você mal voltou e ele já te põe para cozinhar, como se fosse uma empregada... — Disse, num tom que fingia indignação, mas soava muito mais como provocação.
Beatriz lançou um olhar gélido. Sabia muito bem o que Vitória queria insinuar com aquilo.
— Cozinhar é obrigação dela. — Respondeu Gabriel, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
— Ah, então é isso! Você estava era com saudade da comida dela, né? Aposto que sofreu com o que eu fiz enquanto ela estava no hospital. — Vitória zombou, com um sorriso maldoso disfarçado de brincadeira.
— Imagina, sua comida também é boa. Mas agora que a Beatriz voltou, isso é com ela. Vai lá trocar de roupa. — Disse Gabriel.
Beatriz escutava os dois atuando como se estivessem num teatrinho de casal feliz.
“Quer fazer cena? Faz. Só não atrapalha meu refogado.”
Ela deu uma virada rápida com a espátula, e um camarão voou alto no ar.
Pelo canto do olho, Gabriel viu e imediatamente puxou Vitória pro lado, evitando que o óleo quente espirrasse na roupa branca dela.
— Que jeito de cozinhar é esse? — Ele resmungou, franzindo a testa.
— Desculpa, espátula leve demais. E a cozinha é pequena. Se vão conversar, façam isso lá fora. — Beatriz respondeu com frieza, sem sequer olhar para eles.
Gabriel saiu, levando Vitória consigo. Mesmo do lado de fora, ela ainda fazia questão de suavizar a situação:
— Gabi, a Bia não fez por mal, foi a espátula mesmo, tá? Não pensa besteira…
— Quem sabe... Melhor você ficar longe. Da última vez, ela já te jogou sopa quente.
Beatriz soltou um sorriso torto, daqueles que não chegam nem perto dos olhos.
Impressionante como esse casalzinho tóxico sempre inventa um jeito novo de pintar ela de vilã…
Na hora do jantar, tudo estava pronto. Gabriel, prestativo, se levantou para servir o arroz, puxou a cadeira de Beatriz e ainda encheu o copo dela com bebida.
— Ai, Gabi, você é um amor… A Bia é uma mulher de sorte.
Gabriel franziu os lábios ao ouvir aquilo. Porque... Aquelas palavras... Ele nunca tinha dito nada parecido para Beatriz.
Instintivamente, olhou para o lado.
Beatriz estava ali, expressão neutra. Sem nenhuma reação, sem mágoa, sem desconforto. Como se nem tivesse ouvido.
Gabriel a encarou. Parecia não acreditar.
— Hm... Que salgado... — De repente, Vitória cuspiu a comida, fazendo uma careta.
Gabriel olhou rapidamente para ela. Vitória tentou disfarçar:
— Desculpa, acho que é meu paladar… Eu gosto de tudo bem suave.
— Ué, mas eu provei antes, estava no ponto certo. — Gabriel respondeu, e levou uma colherada à boca.
No segundo seguinte, ele também fez uma careta e cuspiu de volta.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
Desbloqueia quero pagar pra ler!!!!!...
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Eu estou pagando para ler os capítulos e vcs não desbloqueiam para que eu possa ler. O que acontece????...
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