Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 423

Beatriz e os colegas demoraram um pouco mais no almoço. Quando subiram de volta, ela viu a mensagem preocupada de Daniel e resolveu responder:

[Não é por causa do Gabriel. Alguns dias atrás, eu chamei a polícia e ele foi parar na delegacia. Pelo menos por enquanto, ele não pode me incomodar.]

Apesar de tudo, era verdade que Gabriel ainda pesava na mente dela, pelas atitudes dele, pelas marcas deixadas e pelas incertezas sobre o futuro. Mas nada disso podia ser compartilhado com Daniel.

Ela já sentia que o simples fato de trabalhar na empresa dele havia trazido problemas demais para ele: um parceiro de negócios perdido, quase uma aquisição forçada...

Sem contar que o próprio Daniel havia sido agredido fisicamente por Gabriel.

Beatriz baixou os olhos. Tudo aquilo era consequência das escolhas dela, e ela teria que arcar com isso sozinha.

“Não podia empurrar a responsabilidade para ninguém. Não era justo.

Era o preço pela sua ambição... Pelo erro de ter ido longe demais.”

No escritório...

Ao ler a resposta de Beatriz, Daniel ficou atônito.

Beatriz tinha chamado a polícia e feito Gabriel ser detido? Quando isso aconteceu? Por que ele não soube de nada?

Imediatamente começou a digitar, os dedos nervosos, errando várias vezes no teclado.

Se não fosse pelo receio de que conversar com Beatriz a sós na empresa gerasse ainda mais fofocas, e pelo fato de ela claramente estar tentando evitá-lo, ele já teria ido direto procurá-la, cara a cara.

[Ele apareceu no seu condomínio? Ou foi na empresa? Ele fez alguma coisa com você?]

Beatriz leu a mensagem e respondeu com calma:

[Ele mandou alguém me seguir. Monitorava meus passos e mandava relatórios sobre a minha rotina.]

Ao ler isso, Daniel arregalou os olhos.

“Gabriel... Havia colocado alguém para seguir Beatriz? Para vigiá-la?”

Na mesma hora, uma lembrança lhe veio à mente: aquele dia em que ele e Beatriz se encontraram com Gabriel por acaso no restaurante.

Naquele momento, ele já havia desconfiado que não fora coincidência alguma.

Agora tinha certeza. Aquilo tinha sido premeditado.

Ele perguntou a Beatriz quando exatamente Gabriel começara a segui-la. A resposta dela confirmou de vez suas suspeitas.

Então era mesmo desde aquela época.

Gabriel já tinha começado com isso, e já fazia pelo menos uma semana.

[Como você descobriu isso? Por que não me contou nada? Isso é muito perigoso, Beatriz. E se eles fizessem alguma coisa com você?]

Ela era uma pessoa reservada. Gostava da sua quietude. Nunca se sentira solitária e tampouco desejava se forçar a entrar em outros círculos.

Daniel voltou a digitar, firme:

[Isso é confiar demais na sorte. Não podemos contar só com o acaso. Se isso acontecer de novo, me avisa na hora. Sem exceção.]

Depois de enviar a mensagem, ele apertou os lábios por um segundo, hesitou... E depois continuou digitando:

[Quer saber? Melhor eu começar a te levar pro trabalho e buscar depois também. De qualquer forma, já é caminho pra mim. Se você tiver receio de sermos vistos juntos, a gente pode se encontrar um ponto antes, tipo uma parada de ônibus. Que tal?]

Essa sugestão, ele já havia feito uma vez antes.

Mas naquela época, Beatriz recusara sem hesitar.

Só que agora era diferente.

Agora ele tinha um motivo claro, indiscutível.

Gabriel estava completamente fora de controle. Tão perturbado que nem fazia o serviço sujo com as próprias mãos, mandava outros fazerem.

“E se, um dia, alguém realmente fizesse algo contra Beatriz...”

Daniel nem queria imaginar.

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