— Você começou a dançar ainda criança, né? — Comentou Leonardo, com um tom suave. — Você domina vários estilos e consegue transitar entre eles com tanta naturalidade... Parece uma bailarina nata. Já dancei com várias parceiras, mas nenhuma tinha a leveza do seu corpo... Nem o seu brilho. N E o seu sorriso... Tão radiante, tão contagiante... Lembrava aquelas jovens cheias de vida, dançando ao sol das montanhas, livres, vibrantes, quase irreais.
Ele ia tecendo os elogios com leveza, como quem tece uma música.
Mas, como esperado, a jovem não respondia.
Leonardo sabia: era pura timidez.
E por isso mesmo, não forçou, nem tentou expor a hesitação dela.
Como caçador experiente, seguiu a progressão natural do momento.
Com o clima envolvente crescendo entre os dois, sua mão esquerda se moveu com delicadeza até tocar a mão dela, que ainda repousava timidamente sobre seu pulso.
Dessa vez, ele segurou-a de fato.
Ao mesmo tempo, a outra mão, que até então apenas contornava o espaço da cintura dela, tocou de leve suas costas, firme e suave.
E juntos, realizaram um giro completo, fluido e elegante.
A música terminou. A valsa havia chegado ao fim.
A harmonia entre os dois fora perfeita, como se dançassem juntos há anos.
A brisa do mar soprava fresca. Eles continuaram ali, conversando, com naturalidade e leveza.
Era hora de aprofundar um pouco mais.
— Quantos anos você tem? — Perguntou Leonardo. — Ainda está estudando?
— Vinte e quatro. — Respondeu ela, com calma.
Leonardo ergueu as sobrancelhas, genuinamente surpreso.
— Não parece. Achei que você tivesse acabado de atingir a maioridade... Uma estudante universitária.
E ele dizia isso sem intenção de bajular, de fato era o que pensava.
— Obrigada pelo elogio. — Disse ela, com um sorriso contido. — Você também parece bem jovem. Lembra meu irmão, em idade.
Leonardo sorriu.
— Tenho três anos a mais que você.
Ela então virou o rosto na direção dele, como se quisesse confirmar o que ouvia. Mas olhou apenas por um breve instante e voltou a desviar o olhar, mantendo o silêncio.
— Conheço um restaurante musical incrível. — Disse ele, num tom convidativo, mas calmo. — Fico aqui pensando... Será que terei a sorte de rever a senhorita amanhã?
— Acho difícil... — Respondeu ela, tranquila.
Leonardo arqueou uma sobrancelha.
— O namorado não deixa você sair com outros homens?
Ela balançou a cabeça.
— A minha empresinha não daria nem pra você esquentar a cadeira! Mas... = Voltando o olhar para a moça. — Você podia tentar uma vaga no Grupo Martins, hein?
Leonardo, ainda com o sorriso nos lábios, sentiu o ar rarefazer ao redor.
Grupo Martins? Ela se chama Martins?
Mas, na Cidade A, ele só conhecia um único Grupo Martins e era justamente o da família Eduardo Martins.
Antes que pudesse perguntar qualquer coisa, Emerson continuou:
— Se você quiser, tenho um jeitinho fácil de te colocar lá dentro, hein... Um empurrãozinho nos bastidores.
Leonardo arqueou a sobrancelha, mal interpretando a sugestão:
— Isso já seria um pouco demais, né? Afinal, nós nos conhecemos hoje mesmo.
Mas Emerson franziu o cenho, surpreso:
— Como assim? Isso não pode ser verdade. Você e o Eduardo eram superpróximos na faculdade, viviam grudados.
“Eduardo.”
O nome caiu como um raio.
Leonardo congelou por um segundo.
“Eduardo...?”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
Desbloqueia por favor!!!!!...
Desbloqueia!!!!...
Desbloqueia!!!...
Desbloqueia!...
Desbloqueia!!!!...
O que está acontecendo???? Está parado faz muito tempo!!!! Desbloqueia!!!...
Desbloqueia!!! Já está no capítulo 740 há muito tempo...
Desbloqueia!!!!...
Desbloqueia!!!!...
Desbloqueia quero pagar pra ler!!!!!...