Agora que Beatriz e Gabriel estavam oficialmente divorciados, Beatriz, que um dia havia roubado o amor de Vi, também pagara o preço.
Aquele acerto de contas parecia encerrado.
Só restava um culpado real: Gabriel.
O verdadeiro responsável por toda a dor que Vitória carregava.
— E quanto à investigação sobre os detalhes do divórcio de Gabriel? — Perguntou a secretária, do outro lado da linha.
— Pode deixar... — Renato estava prestes a concluir a frase, mas o celular vibrou com uma chamada internacional. Era seu pai.
— Falamos disso amanhã. Agora preciso atender. — Ele disse, encerrando a ligação com a secretária.
Do outro lado do oceano, já era manhã.
Luciano, ao ver o relatório enviado por fax pelo filho, mal conseguia conter a emoção. Suas mãos tremiam ao atender a ligação.
— É verdade, pai. — Renato disse, com a voz mais suave do que o habitual. — Eu encontrei minha irmã.
Luciano prendeu a respiração.
— Aquela esmeralda... Aquela corrente... Lembra? Foi através dela que a encontrei. Fiz um teste de DNA com o cabelo dela. Resultado positivo: somos irmãos por parte de pai e mãe. E mais, ela lembra claramente de várias coisas da infância. Não há dúvida.
Do outro lado da linha, Luciano não conseguiu conter as lágrimas. Estava completamente tomado pela emoção.
Depois de vinte anos… Sua filha estava viva. E tinha sido encontrada.
— Cris... — Ele murmurou, a voz embargada pelo choro. — Onde ela está agora? Quero vê-la. Preciso falar com ela, por vídeo.
— Aqui no Brasil já é bem tarde. Acho que ela já dormiu. Mas amanhã, no fim da tarde, eu ligo de novo pra vocês falarem com calma.
Luciano assentiu, ainda lutando para controlar a avalanche de sentimentos. Ele sabia que havia fuso horário e que teria que esperar mais um pouco. Mas a ansiedade apertava no peito.
— E como ela viveu todos esses anos? Ela… sofreu muito? — Perguntou ele, com a voz hesitante.
— Sim, foi difícil. — Respondeu Renato, com honestidade. — Mas ela é muito forte, pai. Otimista, gentil, doce... E, o mais incrível, ela não guarda mágoa por não termos conseguido encontrá-la antes.
Luciano chorou em silêncio. Aquela resposta, mais do que qualquer palavra, o destroçou por dentro. Era alívio, culpa, gratidão... Tudo misturado.
— Ainda não tirei nenhuma foto dela. Amanhã cedo vou tirar e te mando. Quando você mostrar pra mamãe… Vai com calma, tá? Não quero que ela se assuste ou tenha uma recaída emocional.
Luciano assentiu com a cabeça, mesmo que Renato não pudesse vê-lo.
A dor de perder a filha quase enlouqueceu sua esposa anos atrás. Receber essa notícia agora, do nada, exigiria cuidado.
Os dois ainda conversaram por alguns minutos. Renato aproveitou para compartilhar as informações básicas que havia descoberto sobre a irmã: o orfanato onde viveu, as escolas por onde passou, até a faculdade.
Mas… Ocultou algumas partes.
Não mencionou a dor amorosa, nem o nome do homem que a enganou. Muito menos falou sobre dívidas ou escândalos.
Essas feridas, ele ainda não sabia como explicar.
Assim que Lorena abriu os olhos, ainda sonolenta, ele segurou sua mão e disse, com voz trêmula:
— Lorena… A Cris… O Renato encontrou ela.
Por um instante, ela achou que ainda estivesse sonhando. Mas, ao ver os olhos marejados do marido, sentou-se na cama, o coração disparado.
Luciano mostrou o relatório do teste de DNA, a ficha da escola e a foto de Vitória.
Lorena levou as mãos à boca, tremendo dos pés à cabeça.
As lágrimas vieram sem controle.
— É ela… É mesmo ela… — Repetia, como se não acreditasse.
Chorou por longos minutos, segurando a foto da filha com tanta força que chegou a amassá-la.
— Quando ela acordar mais tarde, a gente liga pra ela por vídeo. Mas… Agora ela se chama Vitória. O sobrenome está como “Lima” no registro. Depois, vamos iniciar o processo para trazê-la de volta oficialmente à família, inclusive com a mudança de nome. — Explicou Luciano.
— Eu quero voltar. Quero ver ela com meus próprios olhos… — Disse Lorena, entre soluços. — Eu quero abraçar minha filha...
Luciano assentiu, emocionado.
Logo em seguida, começou a fazer ligações, contatar os executivos da empresa, remanejar compromissos.
Pediu ao assistente que comprasse as passagens o mais rápido possível.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
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O que está acontecendo???? Está parado faz muito tempo!!!! Desbloqueia!!!...
Desbloqueia!!! Já está no capítulo 740 há muito tempo...
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Desbloqueia quero pagar pra ler!!!!!...