Enquanto ouvia os xingamentos furiosos de Gabriel, Vitória, com a cabeça baixa, deixou escapar um leve sorriso no canto dos lábios… Que desapareceu no segundo seguinte.
Gabriel tinha tirado o dia de folga, mas logo após o almoço decidiu voltar ao trabalho.
Vitória permaneceu no hospital. Embora já estivesse acordada, ainda sentia a cabeça um pouco tonta. Com a presença dos enfermeiros e acompanhamento médico, Gabriel se sentia mais tranquilo deixando-a ali.
Depois de tudo o que aconteceu, era como se uma nuvem negra o seguisse. Seu humor estava completamente azedo.
Na cabeça de Gabriel, Beatriz, tomada de ciúmes por causa de Vitória, havia arquitetado aquele plano absurdo envolvendo gás, um plano que poderia ter matado a todos, até ele. Aquilo era coisa de psicopata! Coisa de gente fora de si!
No escritório, não demorou para que Rafael percebesse o mau humor do chefe. Em menos de uma hora, Gabriel já tinha perdido a paciência três vezes. Ao levar alguns documentos para a assinatura dele, Rafael respirou fundo, tomou coragem e resolveu perguntar.
Ele sabia que não era certo ficar prestando atenção na vida pessoal do chefe… Mas, sinceramente, era melhor entender logo o motivo do mau humor do Sr. Gabriel. Assim, evitava levar bronca de graça.
Gabriel não pretendia comentar nada. Mas, ao lembrar que Rafael e Beatriz sempre se deram bem, acabou desabafando:
— Tá vendo? Ela é uma cobra. Esse tipo de pessoa, antissocial, devia estar internada num hospício! — Rosnou Gabriel, com os dentes cerrados de raiva.
Rafael ficou atônito com as palavras. Mesmo assim, respondeu de forma instintiva:
— O senhor tá dizendo que a Sra. Beatriz causou a intoxicação da Srta. Vitória também? Mas… Ouvi dizer que a Vitória tá bem. E o senhor também não sofreu nada…
— Eu estava no quarto. A porta ajudou a bloquear um pouco do gás. E consegui sair a tempo. — Disse Gabriel, com expressão impassível.
— Mas e a Srta. Vitória? Se ela estava na sala… Como é que conseguiu sair andando e ainda pedir ajuda? — Insistiu Rafael, confuso.
— Ela dormiu na sala… — Gabriel começou, mas a frase ficou suspensa no ar. Ele congelou.
É isso... Vitória dormiu na sala.
Então, tecnicamente, ela deveria ter inalado muito mais gás do que Beatriz. Mas não foi isso que aconteceu.
— Foi de propósito. Ela cheirou o gás de propósito! Abriu a janela, desligou o botão do fogão… Fez tudo para não deixar rastros! — Explodiu Gabriel, tentando agora convencer a si mesmo da própria lógica.
Quando a enfermeira entrou para fazer os exames de rotina, ela percebeu que o tempo havia passado.
— Seu marido veio ontem ao hospital, mas… Não passou aqui. Foi ver a outra moça. A mulher do andar de baixo até já podia ter tido alta, mas disse que ainda tá tonta e resolveu continuar internada. — Comentou a enfermeira, em tom de fofoca mal contida, com um olhar de pena.
Diziam que ela era a esposa legítima, e mesmo assim o homem só tinha olhos para amante. Deixou a esposa largada em casa, quase morta… E agora a ignorava, como se ela nem existisse.
Na cama, Beatriz ficou em silêncio. Nenhuma palavra, nenhuma expressão.
Ela sabia muito bem quem era aquela mulher. A mesma que a colocara nessa situação.
E ainda assim... Lá estavam os dois, agindo como se fossem um casal apaixonado.
No fim, foi um vizinho quem chamou a ambulância.
“No fim das contas, continuo viva. Uma pena pra eles, né?”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
O que está acontecendo???? Está parado faz muito tempo!!!! Desbloqueia!!!...
Desbloqueia!!! Já está no capítulo 740 há muito tempo...
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Desbloqueia quero pagar pra ler!!!!!...
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Eu estou pagando para ler os capítulos e vcs não desbloqueiam para que eu possa ler. O que acontece????...
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