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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 541

— Você o ama… Tanto assim. — A garganta de Gabriel se contraiu, sua voz saiu rouca.

Uma dor imensa se misturava a emoções conflitantes que, no fim, se apagaram por completo, dando lugar apenas a um amargor seco.

— Mesmo que ele seja um canalha, mesmo que tenha se aproximado de você com más intenções, mesmo que, no final, você acabe machucada...

O rosto de Beatriz permanecia sério e impassível, sem a menor emoção.

Ela não respondeu à primeira frase. Já a segunda, rebateu com frieza:

— Você diz que ele tem mau caráter... Gabriel, com que moral você fala isso? E o seu caráter, onde foi parar? Abuso psicológico dentro do casamento, violência doméstica, traição, levar a amante pra dentro de casa como se fosse dona do lugar... Você é um lixo completo.

As palavras saíram calmas da boca de Beatriz, mas cada uma perfurava o peito de Gabriel como uma agulha afiada. Seu coração se contorceu. O rosto assumiu uma expressão dolorosa, como se todo o ar tivesse escapado de seu corpo.

“Sim, Eduardo era um canalha. Mas eu... Eu era mil vezes pior.”

— Eu só… Não quero que você seja enganada, que se machuque…

O homem que um dia fora poderoso e arrogante agora curvava a cabeça. A postura era submissa. Não restava qualquer sinal de orgulho, apenas humilhação.

— Ontem assinamos o divórcio. O processo acabou. A partir de agora, seguimos por caminhos diferentes. Você não tem mais nenhum direito de se meter na minha vida. — A voz de Beatriz era fria como gelo.

Ao ouvirem isso, as pessoas ao redor, que observavam a cena em silêncio, não conseguiram conter expressões de espanto.

Ninguém sabia ao certo se estavam chocados por ver que o Sr. Gabriel, tão respeitado, era na verdade um homem desprezível, ou se lamentavam, mais uma vez, a infelicidade dos casamentos entre famílias ricas. Beatriz, claramente, havia sofrido demais.

Ela já havia deixado clara sua posição e não queria prolongar o conflito. Gabriel também se calou. O silêncio entre os dois caiu como uma cortina pesada.

Beatriz tentou soltar a mão, mas ele ainda a segurava com firmeza.

Rafael se aproximou para ajudá-la. Tentou afastar os dedos de Gabriel, um por um. O homem, no entanto, mantinha o aperto com força. Os olhos vermelhos permaneciam fixos nela.

Ao entrar no refeitório da empresa e ver a cena diante de si, Daniel correu até lá, chegando em poucos segundos.

Sem hesitar, agarrou a mão de Gabriel com firmeza e a afastou à força. Colocou Beatriz atrás de si, protegendo-a com o corpo.

Seu olhar era sério, atento, quase feroz. Havia descido apenas alguns minutos depois e, ao chegar, encontrou Beatriz encurralada.

“O que Gabriel está fazendo no refeitório da empresa? Nenhum secretário me informou da presença dele.”

— Você subornou alguém da minha equipe? Como conseguiu entrar sem que eu soubesse? — Perguntou Daniel em tom gélido.

Apesar de a empresa Aurora estar sendo pressionada pelo Grupo Pereira a cooperar, ele não era um covarde. Muito menos alguém que se curvaria às vontades de Gabriel.

Empurrado para longe, Gabriel já estava tomado pela raiva. Ao perceber que quem o afastara era Daniel, seu outro rival amoroso, a fúria só aumentou.

Rafael, percebendo com o canto do olho que Gabriel estava prestes a agir com violência, se colocou rapidamente entre os dois. Abriu os braços para contê-los e tentou explicar a Daniel...

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