Beatriz tinha acabado de sair do saguão da empresa e se preparava para descer, quando viu o elevador subindo.
As portas se abriram. Daniel, Murilo e os demais saíam de lá.
— Sr. Daniel, você está machucado? — Perguntou Beatriz, com as sobrancelhas franzidas, visivelmente preocupada.
— Estou bem. Murilo e os outros me seguraram. O Gabriel nem chegou a me atingir de verdade. — Daniel respondeu com um leve sorriso, tentando tranquilizá-la. — E mesmo que tivesse, eu revidaria. Pode ficar tranquila.
Ele saiu do elevador. Atrás, Murilo e os outros diretores o acompanhavam. Todos evitavam olhar diretamente para o casal, desviando o rosto com um ar constrangido.
— Bem... Sr. Daniel, Beatriz... A gente vai voltando pro escritório, tá certo? — Murilo disse, com um sorriso envergonhado.
Daniel assentiu. Eles estavam prestes a ir embora, mas Beatriz os chamou.
— Senhores.
Todos pararam e se viraram para ela.
— O que o Sr. Gabriel disse sobre mim e o Sr. Daniel é mentira. Tudo o que ele falou foi calúnia. — Beatriz afirmou, com firmeza. — É verdade que eu procurei o Sr. Henrique para buscar investimento. Mas não foi por causa do Daniel. Na época, planejávamos abrir um negócio juntos.
Daniel tentou segurá-la pelo braço, indicando que não precisava continuar. Mas Beatriz se desvencilhou, decidida a esclarecer.
— Nós éramos colegas de faculdade e somos amigos até hoje. O Sr. Daniel não é sustentado por mulher nenhuma. Nunca precisou disso. Vocês são funcionários diretos dele, e não quero que tenham a impressão errada.
Ela fez uma breve pausa.
— Esses boatos começaram por minha causa. Desde que entrei na Aurora, o nome do Sr. Daniel foi arrastado por fofocas. E eu sinto muito por isso.
Murilo e os demais a olhavam em silêncio, surpresos com sua postura direta e corajosa.
— O Sr. Daniel é um excelente profissional. A empresa cresceu com o mérito dele. E também graças à dedicação de cada um de vocês. Eu não vou deixar o Gabriel tomar a Aurora. Podem confiar.
As palavras causaram impacto.
Ninguém ali sabia ao certo qual era o passado de Beatriz. Mas todos, instintivamente, acreditaram nela.
Afinal, uma mulher que tinha sido esposa de Gabriel certamente não era qualquer uma.
— Entendemos. O Sr. Gabriel... perdeu completamente o controle. Ninguém aqui vai levar aquilo a sério. — Murilo respondeu, cauteloso.
— Me desculpa pelo que aconteceu hoje. Por toda a confusão, pelas ofensas...
— Comigo você não precisa ser tão formal. — Daniel sorriu de leve. — Mesmo que a gente não seja um casal, ainda somos amigos. E sempre seremos.
Beatriz sorriu.
Era verdade. Daniel sempre tinha sido bom com ela. Assim como Letícia. Eram pessoas que, com certeza, ficariam ao seu lado por toda a vida.
Como o horário de almoço já estava pela metade, ela o convidou para comer em um restaurante ali por perto.
Depois da refeição, Daniel a acompanhou até uma loja de eletrônicos para comprar um novo celular.
Ele se ofereceu para pagar, mas Beatriz recusou. Colocou seu chip no aparelho novo e fez o pagamento com seu próprio dinheiro.
Saíram da loja caminhando lado a lado.
Beatriz ligou o celular, deslizou o dedo pela tela e abriu o aplicativo das redes sociais.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
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Eu não entendo: se eu quero pagar pra ler porque os capítulos tem que estar bloqueados???? Isso desestimula a leitura!!!! Desbloqueia por favor!!!!...
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Eu não entendo. Quero pagar pra ler e vcs não desbloqueiam!!!!...
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