Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 559

— Então é verdade. — Renato ouviu Gabriel admitir.

— Mas a Vitória mereceu.

A última frase fez Renato levantar-se num rompante. A cadeira bateu contra a parede com um estrondo seco.

— Repete, se tiver coragem. — Disse ele, rangendo os dentes.

— Eu disse que a Vitória mereceu. Uma mulher venenosa como ela devia apodrecer na prisão. — Gabriel repetiu, elevando ainda mais o tom de voz.

Para ele, estava apenas dizendo a verdade.

— Tá na empresa agora, seu filho da puta? Então não corre, não! — Rosnou Renato, fora de si, soltando o palavrão sem pensar. Já girava nos calcanhares, decidido a ir até o Grupo Pereira resolver aquilo cara a cara.

Aquele desgraçado do Gabriel... Achou mesmo que ia ficar por isso?

Queria ver a Vi na cadeia? Pois ele faria o império centenário dos Pereira virar pó!

Do outro lado da linha, ao perceber que Renato vinha ao seu encontro, Gabriel sequer hesitou. Pelo contrário, respondeu com um desprezo gelado:

— Estou aqui sentado, esperando.

E ainda acrescentou, com desdém:

— Renato, você perdeu o juízo. Está no país há poucos dias, dormiu com a Vitória quantas vezes? Já está arriscando a coroa por uma bela? Nunca pensei que você fosse esse tipo de homem sem cérebro, guiado só pelos instintos.

Aquelas palavras, mais sujas que qualquer xingamento, enojaram Renato. Sobretudo quando Gabriel insinuou ter estado com a Vi.

“Desgraçado... Gabriel, você é um lixo que nem merece ser chamado de gente.”

— É bom cuidar dessa boca. Se não sabe falar, eu vou te ensinar na base do tapa. — A voz de Renato saiu baixa, mas carregada de ameaça.

Passou reto por Rafael e saiu do escritório, passos firmes e velozes, deixando o assistente primeiro surpreso, depois constrangido a segui-lo.

“Não é possível... Isso não é só uma briga verbal, né? O Sr. Renato, um homem desse calibre, não pode estar prestes a topar uma briga física tão infantil.”

Mas, lembrando do tom explosivo e do som de uma cadeira batendo na parede durante a ligação, Rafael já não tinha tanta certeza.

Entre achar que Renato era um magnata racional e temer que ele realmente estivesse prestes a agir por uma mulher, Rafael acabou pegando o telefone para alertar discretamente a segurança do prédio.

Dentro do elevador, a ficha ainda estava caindo.

Nunca imaginou ver dois dos nomes mais poderosos do mundo dos negócios quase saindo no tapa por causa de Vitória.

Era... Inacreditável.

Quando começou a investigar, não entendia o que o Renato tinha visto nela. Agora, continuava sem entender. Mas talvez “mulher fatal” fosse mesmo o apelido que mais combinava com ela.