— Nem pense em correr para contar ao meu avô. — Ordenou Gabriel, sem sequer olhar para trás. A voz era fria e firme.
— Pode ficar tranquilo, Sr. Gabriel. Minha lealdade é sempre sua. — Respondeu Rafael, endireitando a postura no mesmo instante.
Gabriel não disse mais nada. Manteve-se imóvel, encarando o próprio reflexo nas portas metálicas do elevador. O olhar estava carregado de uma ferocidade sombria e de uma presença que impunha respeito.
Ainda assim, franziu o cenho. Será que realmente valia a pena ter descido? Renato viria mesmo... Só por causa da Vitória?
As acusações do outro voltaram a ecoar na sua mente: abandoná-la, brincar com seus sentimentos, enganá-la, deixá-la afundada em dívidas...
“Ha! Então foi essa a história que ela vendeu pra ele? Que talento para distorcer a verdade!”
E o pior: Renato acreditara. Mais um tolo sem nenhum senso crítico.
A discussão recente ainda lhe fervia o sangue. Entrara no elevador no calor do momento e, agora, pensando melhor, já era tarde para voltar atrás. Restava apenas chegar ao térreo e depois subir de novo.
O elevador finalmente parou. As portas se abriram.
Gabriel ia apertar o botão para subir quando, pelo canto do olho, notou, do lado de fora, um McLaren prateado aproximando-se em alta velocidade. O carro freou bruscamente diante da entrada.
Ele franziu o cenho. Quem tinha tanta ousadia para acelerar assim na frente da sua empresa?
— Vá verificar... — Começou, pronto para mandar Rafael identificar o motorista e, se fosse funcionário, aplicar uma falta grave.
Mas nem terminou a frase.
A porta do McLaren se abriu e, do banco do motorista, desceu um homem de terno preto, porte sólido. Se não fosse pelo carro, Gabriel teria pensado que era algum segurança.
No instante em que o desconhecido se virou, seu rosto ficou totalmente visível, traços firmes, expressão dura e uma presença que transbordava autoridade.
Gabriel reconheceu na hora.
“Olha só... O Sr. Renato resolveu descer do trono e vir pessoalmente pra resolver no braço.”
Rapidamente, sacou o telefone e avisou a segurança para vir imediatamente. Não podia haver confronto físico.
Se esses dois se enfrentassem, não seria uma briga de adolescentes. O impacto recairia sobre a imagem das famílias e empresas que representavam, além de comprometer possíveis negócios futuros.
Na recepção, a atendente viu o estranho entrar com passos firmes e expressão carregada, claramente com más intenções. Levantou-se para barrá-lo.
— Senhor, quem é o senhor? Quem veio procurar? Fez registro na portaria? — Perguntou.
Renato não respondeu, nem sequer virou a cabeça.
Ao vê-lo ignorar a abordagem, a recepcionista avançou para interceptá-lo. Foi então que notou Gabriel vindo do elevador, na direção dele.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
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Eu não entendo: se eu quero pagar pra ler porque os capítulos tem que estar bloqueados???? Isso desestimula a leitura!!!! Desbloqueia por favor!!!!...
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Eu não entendo. Quero pagar pra ler e vcs não desbloqueiam!!!!...
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