Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 571

Ele desbloqueou o celular e abriu alguns grupos menores. Rafael leu o histórico de mensagens. Era tudo fofoca e suposições entre os funcionários. Nenhuma prova concreta.

— Essa história tem que ser mantida em segredo. Se alguém perguntar, diz que não sabe de nada. — Reforçou Rafael.

Boatos entre os funcionários normalmente desapareciam em poucos dias. Aquilo nem se comparava à confusão de quando o Sr. Gabriel teve aquele suposto caso com a Vitória...

Rafael voltou para o último andar.

Enquanto isso, na rua...

No banco do passageiro, havia uma pilha de documentos e um pendrive. Renato, com a testa franzida, encarava o vazio, mergulhado em pensamentos.

Como aquilo seria usado como prova em tribunal, todos os contatos dos paparazzi estavam ali. Restava apenas pedir à secretária que fizesse uma nova checagem.

“Tudo que o Gabriel disse sobre a irmã... E as imagens da câmera de segurança...”

A verdade é que, mesmo sem a investigação da secretária, Renato já havia tomado partido, mesmo que inconscientemente.

Naquele momento, no escritório da presidência do Grupo Pereira...

O mordomo voltou a ligar. Já havia confirmado que Renato tinha saído, e agora ligava para Gabriel, claramente a mando do avô, para saber o que, de fato, havia acontecido naquele dia.

Gabriel entendeu o recado na hora. Então respondeu direto:

— A Vitória é irmã biológica do Renato. Ela acha que eu a enganei e veio me cobrar.

O telefone estava no viva-voz. Ao ouvir as palavras “irmã biológica”, o Sr. Henrique ficou completamente em choque.

Ele sabia que a família Cardoso havia perdido uma neta muitos anos atrás. Esse era, inclusive, o principal motivo da mudança repentina da família para o exterior. Mas jamais imaginou...

“Vitória? Justo ela?

Por que... Logo ela?”

— Como vocês descobriram isso? — Gabriel devolveu a pergunta.

A resposta do mordomo estava prestes a sair, mas foi interrompida por uma voz fria e cortante do Sr. Henrique:

— O Grupo Pereira ainda não chegou ao ponto de estar sob o controle absoluto de uma única pessoa. A menos que eu esteja morto.

— Não foi isso que eu quis dizer... — Gabriel tentou se explicar, sem graça.

Ele só queria saber quem tinha a língua solta o suficiente para contar tudo...

Reconhecia o rosto não porque já o tinha visto pessoalmente, mas por tê-lo visto inúmeras vezes em reportagens, perfis e matérias de negócios.

Rex, nome Renato. CEO do Grupo Li Rui. Quarto lugar no ranking dos homens mais ricos do mundo.

O mais impressionante? A idade. Enquanto os três primeiros do ranking já tinham passado dos cinquenta, Renato estava nos seus trinta e poucos anos.

Ou seja: o potencial dele era ilimitado. Chegar ao topo da lista global era só uma questão de tempo.

E então veio a pergunta inevitável:

Como diabos Gabriel conhece esse cara?

Mesmo com operações fora do país, o Grupo Pereira ainda era predominantemente nacional. O alcance internacional estava longe de se comparar ao da Li Rui Não havia, tecnicamente, razão para qualquer vínculo entre os dois.

Claro, houve o confronto físico no saguão. Mas quem acreditaria que era só isso? Se fossem apenas inimigos, Renato jamais teria ido até a sala da presidência.

Gabriel havia conseguido manter sua posição como presidente do Grupo Pereira por dois anos sem ameaçar Sérgio. Mas agora...

Agora ele sentia, de verdade, que havia perigo.

“Se Renato estiver do lado de Gabriel, então é melhor eu esquecer qualquer plano de ascensão. Com alguém assim por perto, todas as minhas estratégias viram pó.”