Sérgio cerrou os punhos. O olhar sombrio, carregado de uma inquietação que parecia crescer por dentro.
Mas não se entregou à ansiedade. Em vez disso, mandou alguém investigar a relação entre Gabriel e Renato.
“Quanto mais eu souber, mais vantagem eu levo.”
Já era metade da tarde, restavam apenas duas horas até o fim do expediente.
Na empresa Aurora...
Beatriz estava concentrada no trabalho quando Murilo a chamou. Mas, para sua surpresa, não se tratava de nenhuma questão profissional.
— Tem uma pessoa esperando por você lá fora. — Disse ele.
Beatriz estranhou.
“Quem estaria me procurando? E por que pediria para um diretor me chamar?”
Saiu da sala e, assim que virou o corredor, viu um homem com óculos de armação preta parado ao lado da parede, segurando uma sacola de presente.
— Boa tarde, Srta. Beatriz. — Adiantou-se, educadamente.
Ela o reconheceu. Era o mesmo rapaz que, dias atrás, havia levado uma marmita para Eduardo.
— Boa tarde. — Respondeu, um pouco confusa.
— Este é um presente do Sr. Eduardo para a senhorita. Ele mesmo escolheu a cor e as funcionalidades. Pediu que eu fizesse a compra e trouxesse pessoalmente. — Disse o assistente, estendendo a sacola com as duas mãos, com um gesto respeitoso. — A entrega estava programada para o horário do almoço, mas a cor desejada teve que ser trazida de outra loja. Por isso o atraso. Pedimos desculpas.
Beatriz baixou os olhos e encarou a elegante sacola branca. O logotipo na frente não deixava dúvidas, era de uma das marcas de celulares mais caras do mercado.
“Por que o Eduardo me daria isso?”
Mas então lembrou-se da brincadeira que ele havia feito mais cedo naquele mesmo dia, dizendo que tinha gravado um áudio dela, só para provocá-la.
“Então isso é uma forma de pedir desculpas?”
Eduardo era mesmo assim... Bate com uma mão, oferece um doce com a outra.
Mas ela não queria o doce, só queria que ele parasse de provocá-la.
— Agradeça ao Sr. Eduardo por mim. Mas eu já troquei de celular. Pode devolver, por favor. — Disse Beatriz, com um sorriso educado, porém firme.
Aquele já era o segundo presente do tipo que recebia naquele dia. Rafael também havia tentado lhe dar um celular, e ela recusou.
O assistente pareceu hesitar diante da resposta:
— Este é um gesto sincero do Sr. Eduardo. Ele me pediu, com muita ênfase, que fosse eu mesmo a entregar pessoalmente à senhorita.
Ficou surpresa por um instante.
“Ele não estava ocupado agora há pouco?”
A mensagem era direta e seca:
[É só um objeto qualquer. Se não quiser, joga no lixo.]
Beatriz fixou o olhar nas últimas três palavras. Sentiu uma pontada de desconforto.
“Está me provocando de novo?”
Afinal, ela tinha mesmo jogado fora o cartão de visitas dele da última vez.
Com esse tipo de alfinetada, não adiantava manter aquele tom educado e submisso.
Depois de tantas idas e vindas, Beatriz já tinha aprendido:
Toda aquela educação formal com ele não funciona em nada.
Inspirou fundo, endireitou os ombros e foi direto ao ponto...

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
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Eu não entendo: se eu quero pagar pra ler porque os capítulos tem que estar bloqueados???? Isso desestimula a leitura!!!! Desbloqueia por favor!!!!...
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Eu não entendo. Quero pagar pra ler e vcs não desbloqueiam!!!!...
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