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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 578

— Cris, o que aconteceu com você? Quem te fez chorar assim? — Perguntou Lorena, aflita.

— O que houve, filha? Você chorou? Por que tá com os olhos assim? Alguém te machucou? — Completou Luciano, já com o tom de voz alterado.

A preocupação dos dois transbordava pela tela.

Comparado a Renato, os pais eram ainda mais protetores, com aquele tipo de amor incondicional que, ao menor sinal de tristeza, já queriam partir pra cima do culpado.

Renato apertou os lábios.

No fim das contas, aquela choradeira... Tinha começado por causa dele.

Estava prestes a assumir a responsabilidade quando Vitória se antecipou:

— Tá tudo bem, papai, mamãe. Eu que sou sensível demais...

Ela forçou um sorriso, tentando acalmar os dois.

Mas aquele sorriso forçado, mais triste que choro, só fez os pais ficarem ainda mais aflitos.

— Fala com a gente, filha... Quem te machucou? — Insistiu Lorena.

— Renato! — Disse Luciano, com o cenho franzido. — Como é que você deixa sua irmã ser maltratada desse jeito? Que tipo de irmão é você?

— Rê, teve algum problema? — Perguntou Lorena, firme.

Renato soltou um suspiro:

— Pai, mãe, fui eu que...

— Pai, mãe, não coloquem a culpa no meu irmão! — Vitória o interrompeu antes que dissesse qualquer coisa. — Ele me defendeu sim. Até colocou o cara que me fez mal no lugar dele.

Renato parou por um segundo.

Olhou de canto de olho para o lado.

“Ela... Tá me defendendo?”

Vitória continuou, com a voz mansa, mas firme:

— A verdade é que eu tava namorando. Só que a relação não deu certo... A gente terminou. E o meu irmão me ajudou. Me defendeu. Já resolveu tudo.

Do outro lado da chamada, o rosto dos pais se suavizou, agora, cheios de amor e pena pela filha.

— Ah, minha filha... Terminar um namoro não é o fim do mundo. — Disse Lorena, com ternura. — Você é a filha da família Cardoso. Tem todo um mundo de oportunidades pela frente. Não precisa se preocupar com isso.

— Como se você não estivesse! Hoje de manhã estava grudado nos documentos! — Alfinetou Lorena, fingindo indignação.

Luciano riu, sem rebater.

Mas, de repente, pareceu se lembrar de algo:

— Renato, você já foi visitar o Sr. Henrique? E o pessoal das famílias Martins e outras?

— Já entrei em contato com todos por telefone. Mas os mais velhos... A maioria já faleceu. Ainda não consegui visitar ninguém pessoalmente, estou esperando a secretária terminar os preparativos dos presentes. — Respondeu Renato.

Ao ouvir aquilo, Luciano ficou em silêncio por um momento, um tanto emocionado.

Já se passaram vinte anos... Era de se esperar que muitos da velha guarda já não estivessem mais aqui.

— Vá representando a gente primeiro. Assim que voltarmos, eu e sua mãe faremos questão de ir pessoalmente. — Disse ele, mantendo a cortesia impecável.

Renato assentiu.

Não comentou nada sobre os assuntos pendentes com a família Pereira.

Ao lado, ouvindo tudo em silêncio, Vitória apertava os dedos com força.

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