Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 579

A família Cardoso era, surpreendentemente, amiga de longa data da família Pereira...

Já havia essa ligação há vinte anos, o que deixava claro que os Cardoso sempre tiveram uma base financeira poderosa. E agora, vivendo no exterior...

Vitória, nesses dias, não havia demonstrado muito interesse em investigar os negócios ou o nome da empresa da família Cardoso.

Seu foco estava em outra direção: Renato.

Tentou buscar informações sobre ele, mas com aquele nome, não encontrou nada.

E também não sabia qual era seu nome em inglês.

Decidiu que esperaria.

Na hora certa, encontraria uma forma de descobrir.

Luciano e Lorena não retornariam ao Brasil tão cedo, e isso, para ela, era uma boa notícia.

Com mais tempo livre, poderia lidar com Beatriz com calma.

Já fazia dias que ela havia contratado um vagabundo imprestável, e até agora o sujeito não tinha conseguido fazer nada.

Vitória o havia escolhido justamente por seu histórico criminal, alguém recém-saído da cadeia, com coragem pra encarar o trabalho.

Mas até agora, nada.

A lembrança só fez aumentar sua raiva.

Estava decidida a não esperar mais. Se fosse preciso, contrataria alguém a mais para o serviço.

O carro parou diante do hotel. Ela e Renato subiram juntos.

O telefonema com Luciano e Lorena só terminou às nove da noite.

Assim que desligou, Vitória trocou o chip do celular e começou a enviar mensagens para seus contatos.

Dessa vez, tomaria todas as precauções.

Na tentativa anterior, contratou um hacker para apagar as gravações de segurança e mesmo assim, Gabriel conseguiu restaurá-las.

Ela aprendeu com o erro.

O chip usado agora estava registrado no nome de outra pessoa.

Os pagamentos foram feitos por meio de contas intermediárias.

Assim que tudo fosse concluído, destruiria o chip.

Ninguém conseguiria rastreá-la.

Digitou, exigindo respostas:

[Já se passaram três dias. Alguma novidade ou você vai continuar me enrolando?]

Demorou cerca de meia hora para receber uma resposta:

[Ela é muito arisca. Só sai de casa para ir e voltar do trabalho. Quando sai, é sempre para lugares movimentados, cheios de câmeras.]

Vitória leu aquilo com os dentes cerrados de raiva.

Estava prestes a digitar um “pode sumir da minha frente” quando outra mensagem chegou:

[Me dá mais dois dias. Se até lá eu não conseguir me aproximar, vou apunhalar ali mesmo. Não vou levar pro mato, não. Vai ser direto.]

Vitória hesitou.

Contatar outra pessoa também levaria tempo...

Respirou fundo e decidiu ceder.

Digitou, com uma frieza cortante:

[Quero o serviço feito com limpeza. A pessoa tem que morrer. O pagamento não será problema.]

O outro respondeu com um simples:

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