Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 584

“Parece que ela vai sair do país…

Se for isso mesmo, preciso agir agora. Depois que ela viajar, será muito mais difícil.”

Beatriz permaneceu quase duas horas na sala de atendimento, informando-se a fundo sobre o processo de solicitação de visto, os requisitos necessários, o nível de proficiência no idioma e outros detalhes.

Também aproveitou para se inteirar sobre o mercado de trabalho em diversos países e, por fim, decidiu qual seria o seu destino.

Quando saiu, já passava das quatro da tarde.

Carregava nas mãos um maço grosso de documentos e, enquanto caminhava, lia a lista de empresas com vagas disponíveis no país que escolhera. Por isso, não percebeu o homem que estava encostado na parede lateral, fumando.

Só quando ouviu passos atrás de si, leves, mas rápidos, e que não diminuíam a distância, franziu levemente a testa.

Um pressentimento ruim a fez virar-se.

Foi então que um homem alto, de máscara e óculos escuros, surgiu no seu campo de visão.

No instante seguinte, duas mãos avançaram em sua direção.

Beatriz arregalou os olhos, tomada pelo pânico, e tentou recuar. Mas o agressor foi mais rápido: com um braço, agarrou-lhe o pescoço; com o outro, tapou nela a boca e o nariz.

A força dele era descomunal. Ela não conseguia se soltar; batia com as mãos, tentava pisar e chutar, o medo crescendo a cada segundo, querendo gritar… Mas não havia ninguém passando por ali.

O terror tomou conta dela. Nunca imaginara que alguém teria tamanha ousadia: atacá-la em plena luz do dia, numa área comercial, com câmeras de vigilância por toda parte.

Arrependeu-se amargamente de ter cortado caminho, mas já era tarde.

Ninguém poderia salvá-la agora; só restava contar com a própria astúcia.

Enquanto se debatia, conseguiu enfiar a mão na bolsa e puxar o celular.

Porém, antes que conseguisse destravar a tela e ligar para alguém, sentiu os dedos ficarem dormentes e perderem a força.

Não apenas isso… O corpo inteiro também estava ficando mole, como se toda a força estivesse escapando, e a visão começava a turvar.

Mas, no momento em que ia fechar a porta, ouviu passos apressados atrás de si,duas pessoas correndo, o som ficando cada vez mais próximo.

Virou-se e viu dois rapazes jovens e fortes vindo em sua direção, gritando:

— Larga ela! Já chamamos a polícia!

Aquelas palavras lhe causaram um aperto súbito no peito. Os dois eram mais novos, mais fortes, e pelo jeito como corriam… Claramente tinham treinamento.

“Droga! Tanta falta de sorte assim? Quem diabos são esses dois? Vieram se meter à toa? Mas eu não vi ninguém por perto até agora!”

O motorista, ao ouvir os gritos ao longe, também se alarmou e perguntou:

— Você é um criminoso?!

— Não sou! Eles estão loucos! — Respondeu o homem rapidamente. — Essa é minha namorada. Trouxe ela para passear na cidade, mas ficou com sono e dormiu. Anda logo, não quero ficar discutindo com idiotas no meio do dia!