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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 585

Ao ouvir aquilo, o motorista franziu o cenho.

“Namorada?”

A moça mal parecia ter atingido a maioridade, enquanto o homem tinha quase a mesma idade dele. Além disso, pelo jeito de se vestir, não parecia alguém de posses. Para piorar, em pleno verão usava máscara e óculos escuros.

Suspeito demais.

Enquanto o motorista avaliava a situação, o homem já havia se jogado no banco de trás e o apressava:

— Anda logo! Tá esperando o quê? Quer ou não quer ganhar dinheiro? Eu pago a mais. Aqueles dois vagabundos viram minha namorada bonita e resolveram nos seguir.

Ainda hesitante, o motorista engatou a marcha e começou a andar bem devagar, sem realmente se afastar.

Nesse momento, os dois homens que corriam pelo lado alcançaram o carro e gritaram, ameaçadores:

— Se você sair daí, é cúmplice! Se prepara para apodrecer na cadeia na próxima vida.

— Somos os seguranças dessa moça! Esse cara é um criminoso, pare o carro agora.

Ao ouvir isso, o motorista freou bruscamente, o coração disparado. Então… Não eram vagabundos? Eram os seguranças da senhorita?

Ele sabia. Desde o início achara que aquele sujeito de meia-idade não combinava nada com a moça.

No banco de trás, o homem também ficou atônito ao ouvir os gritos.

“Seguranças dela?”

Ele vinha seguindo Beatriz havia dias e nunca notara nada disso. Nunca tinham aparecido antes.

“Seria apenas blefe? Ou a história era real?”

— Anda logo! Que diabos você tá parado aí?! — Rosnou o homem, tentando esconder o nervosismo que crescia.

— Eu tenho família pra sustentar, seu desgraçado! Não vai me arrastar pro fundo junto com você! Sai do carro agora! — Retrucou o motorista, tomado pelo medo.

Mantendo a expressão de quem queria apenas ultrapassar outro carro, o motorista foi, pouco a pouco, aproximando o táxi do guarda-corpo de pedra da ponte. Afinal, estava apenas encostando, certo?

Para ele, fazia mais sentido arriscar um acidente do que ser cúmplice.

Além disso, a moça tinha seguranças. Não haveria problema em indenizar depois. Mas, se ajudasse o criminoso a escapar, responderia criminalmente.

No banco de trás, o sequestrador mantinha os olhos na perseguição e a lâmina colada ao pescoço do motorista.

— Mais rápido! Quer morrer?! — Rosnou.

Foi nesse instante, com os dois homens já prestes a alcançar o carro, que o motorista viu a brecha perfeita. Pisou fundo no acelerador e, de propósito, lançou a dianteira contra o parapeito da ponte.

O impacto violento projetou os corpos para a frente. O motorista e o criminoso se sacudiram com força, enquanto Beatriz, ainda desacordada, tombou para o lado, batendo a cabeça contra a porta.

O choque fez a lâmina do sequestrador deslizar, e sua testa bateu com força no encosto do banco da frente. Ainda atordoado, tentou se endireitar…

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