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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 593

— Já faz quase uma hora. — Respondeu alguém.

Letícia apertou o pacote nas mãos, os dedos se fechando com força.

“Uma hora inteira...

O que será que aconteceu com a Bia? Será que, no momento do sequestro, decidiram se livrar dela de imediato? Será que está entre a vida e a morte?”

— Esse médico vai conseguir salvá-la ou não? Vou chamar outros especialistas para o tratamento. — Disse Letícia.

Mal terminou de falar, puxou o celular para fazer uma ligação. Nesse instante, Gabriel apareceu. O rosto abatido, os ombros caídos e a expressão vazia.

— Não adianta chamar ninguém. Acha que a família Pereira não tem condições de contratar especialistas?

Letícia virou o rosto para encará-lo. Ele parecia um homem derrotado, totalmente perdido.

Mas, de repente, se lembrou de algo: Gabriel não parava de fazer ligações. Se Bia estava na sala de emergência, por que não esperava do lado de fora, ansioso, em vez de passar o tempo todo ao telefone?

— Por que não adianta chamar especialistas? — Perguntou Letícia.

— A Beatriz foi dopada com um entorpecente fortíssimo, do tipo proibido no Brasil. — Respondeu Gabriel. — Já entrei em contato com meus conhecidos na área médica no exterior, mas nenhum médico tradicional tem estudos sobre essa substância. Ainda estou pedindo para continuarem procurando.

Letícia franziu a testa, a preocupação e o medo estampados no rosto.

— Esse entorpecente tem nome? Vou pedir para o meu irmão investigar também. Ele já trabalhou fora, tem muitos contatos. — Disse ela.

Enquanto falava, já discava para o irmão. Gabriel a observava em silêncio.

“Pedir ajuda para a rival salvar a própria esposa? Droga... Eu e o Eduardo ainda temos contas a acertar.”

— Oi, mano, aconteceu uma emergência. Preciso que você encontre o antídoto para um entorpecente. — Explicou Letícia, indo direto ao ponto.

Em seguida, olhou para Gabriel, esperando que ele falasse.

Mas ele permaneceu imóvel, feito um pedaço de madeira. Letícia, impaciente, insistiu:

— O nome, Gabriel! Fala logo! Cada minuto perdido é um risco para a vida da Bia!

Gabriel fechou os dedos com força e, por fim, respondeu:

Letícia suspirou, aliviada, e começou a relatar todo o desenrolar da situação.

No corredor, ao lado da sala de emergência, Gabriel observava a mulher ao telefone, atento a cada palavra.

“Se é para investigar, que Eduardo investigue e pronto... Por que fazer tantas perguntas? E ainda por cima, de forma tão minuciosa?”

Quanto mais Eduardo perguntava, mais ficava claro o quanto se importava com Beatriz.

Gabriel sabia que não era hora de sentir ciúmes. E, já que Eduardo havia dito que cuidaria da investigação, não havia motivo para tomar o telefone da mão de Letícia e criar uma discussão.

As questões pessoais ficariam para depois. O mais importante, agora, era a segurança de Beatriz.

No escritório, Eduardo ouvia atentamente o relato da irmã e, ao mesmo tempo, analisava a tela do computador, onde apareciam as informações sobre o Pó do Êxtase.

Era um entorpecente de efeito devastador, usado originalmente em cirurgias autorizadas no exterior, mas que acabara sendo desviado para uso ilegal. No caso de Beatriz, a substância fora ainda mais purificada, dobrando sua potência.

Algo assim, para entrar no Brasil, só podia ter sido contrabandeado.

Mas de onde, afinal, alguém comum conseguiria obter uma droga dessas?

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