Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 595

“Por um lado… Mas o salário que o Sr. Gabriel paga é muito bom. Por um salário desses, até burro puxa carroça sem reclamar.”

— Não vou te pressionar. O que eu disse vale para sempre. Seja bem-vindo quando quiser vir trabalhar comigo. — Repetiu Letícia.

Ao ouvir isso, Rafael sentiu uma pontada de emoção, mas conteve-se para não deixar transparecer. Limitou-se a inclinar-se em agradecimento.

No canto do corredor, Gabriel observava, com um olhar sombrio, a mulher que tentava roubar seu funcionário.

Primeiro, havia se metido para semear discórdia entre ele e Beatriz, destruindo o relacionamento deles. Agora, ainda colocava os olhos em seu assistente.

Se não fosse pelo fato de Eduardo também estar ajudando a procurar o remédio experimental, já a teria mandado embora há muito tempo.

Letícia não voltou, preferiu esperar ali mesmo.

Enquanto isso, na delegacia…

Os policiais chamaram Vitória para prestar depoimento, com Renato a acompanhando.

Ele não via nada de mais naquilo, era só ir esclarecer a situação e colaborar com a investigação.

Além disso, como Vi realmente tinha um histórico, não era de se estranhar que a polícia desconfiasse dela logo de início.

Mas, ao ver a irmã explicando com os olhos marejados, Renato sentiu o coração apertar. Sabia que ela estava magoada e se sentia injustiçada.

— Da última vez, foi porque eu perdi a cabeça e agi por impulso… Mas fiquei presa dez dias, já aprendi a lição… Não fui eu quem sequestrou a Beatriz desta vez. Já falhei usando esse mesmo método antes, por que repetiria o erro? No começo, era porque eu amava demais aquele cretino, e por isso tomei atitudes extremas. Mas agora voltei para minha família… e não sinto mais nada por aquele homem miserável…

Os policiais terminaram de registrar o depoimento e, ao mesmo tempo, verificaram o histórico de chamadas e mensagens no celular da suspeita. Não encontraram nada suspeito.

Para ele, a irmã só tinha querido intimidar a ex-esposa de Gabriel, não matar ninguém…

Mas, assim que pensou nisso, a razão começou a falar mais alto.

“Se Beatriz tivesse se recusado a assinar o divórcio, ainda seria possível dizer que Vitória tinha um motivo.

O problema era que Beatriz não apenas assinara de livre vontade, como também saíra do casamento de mãos abanando, sem disputa por bens ou insistência em ficar com ele.

Então, por que Vitória teria ido intimidar Beatriz depois disso?”

A lógica simplesmente não fechava. Renato franziu ainda mais o rosto e manteve o olhar fixo na irmã, apertando os lábios em silêncio.