Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 625

— Já falei com ela. Disse que não vai voltar. — Respondeu Eduardo.

— Você não explicou melhor? É só um almoço, nada mais. À tarde, se ela quiser, pode ir ao hospital. — Insistiu Priscila.

— Expliquei sim. Mas quando ouviu a palavra “encontro”, aí que decidiu não vir de jeito nenhum. — Eduardo falou de modo impassível.

Priscila ficou em silêncio por um instante.

Ela realmente não sabia mais o que fazer com aqueles dois filhos. Resolveu então que teria de agir pessoalmente para trazer a filha de volta.

Mal pegara o celular, um som de motor ecoou do lado de fora. Os empregados da mansão já abriam o portão da frente.

Um McLaren prateado entrou e parou no pátio. Eduardo saiu imediatamente para receber a visita.

Quando a porta lateral se abriu, desceu um homem de roupa casual, alto, de cabelo curto.

No momento em que se virou, mostrando o rosto, Eduardo ficou paralisado por um segundo.

O filho do amigo de seu pai era...

Renato?!

Aquilo foi totalmente inesperado. Eduardo jamais teria imaginado que seria alguém conhecido.

O mundo dos negócios era realmente pequeno: até depois de tantos anos no exterior, acabavam se encontrando novamente em casa.

Renato deu a volta pelo carro e seus olhos cruzaram rapidamente com os de Eduardo, sem se deter. Pegou o presente e foi abrir a porta do banco do carona.

Eduardo não esperava que houvesse mais alguém. Uma jovem desceu, usando um vestido rosa. Tinha ar de juventude; talvez fosse esposa de Renato?

Mas ele nunca ouvira falar de um casamento de Renato enquanto viviam no exterior...

Esse pensamento mal se formara quando a garota se aproximou, segurando o braço de Renato.

Ao ver claramente o rosto dela, Eduardo ficou em silêncio, incapaz de expressar em palavras o choque.

“Como podia ser a Vitória...?”

Desde quando Renato estava envolvido com aquela mulher? Os dois não pareciam ter nada em comum. Além do mais, não era ela que vivia correndo atrás do Gabriel?

“Será que já é casado...? Que pena seria.”

— Sr. Samuel, Sra. Priscila, esta é minha irmã, Vitória Lima. — Disse Renato, percebendo os olhares voltados à garota e se adiantando na apresentação.

Os pais da família Martins ficaram intrigados.

“Irmã? Com sobrenome Lima? Então seria uma prima...?”

Eduardo, que observava os dois, não pôde conter o ceticismo. Conhecia tanto Renato quanto Vitória, e por isso mesmo achava aquela encenação ridícula.

Irmão? Desde quando? Nunca ouvira falar de um tal irmão da Vitória. Se fosse verdade, como nunca tinha aparecido antes?

— Lembram-se de quando nossa família perdeu uma filha, anos atrás? Pois bem, nós a encontramos recentemente. Essa é a Vi. — Explicou Renato, com ares solenes. — O registro dela ainda não foi transferido para a genealogia da família Cardoso. Estamos aguardando meus pais voltarem do exterior para oficializar.

Ao ouvirem aquilo, Samuel e Priscila tiveram um estalo de compreensão.

Então era ela... A filha perdida dos Cardoso.

A menina que desaparecera, que todos acreditavam jamais encontrar, talvez vendida de mão em mão... E agora, contra todas as expectativas, estava de volta.