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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 677

A placa, o modelo e a cor do carro coincidiam perfeitamente. Não havia dúvida: aquela mulher era mesmo amiga do alvo.

O incidente de anteontem permanecia sem solução. Ontem, haviam procurado o dia inteiro sem sucesso. Somente hoje, naquele horário, conseguiram finalmente segui-la.

O homem olhou para o letreiro do hospital. Não entrou. Em vez disso, pegou o celular e fez uma ligação.

— Conseguiu encontrá-la na saída do condomínio? — Perguntou uma voz masculina, baixa e grave, do outro lado da linha.

— Condomínio o quê...? — Resmungou o homem. — Ela ainda está dentro do hospital. O que consegui foi rastrear a amiga dela até aqui.

— Então vai ser difícil agir. Atrás dela tem gente poderosa, e um hospital é cheio de vigilância. Se não tomar cuidado, vai ser descoberto antes mesmo de tentar.

O homem soltou um riso de desdém.

— Você acha que todo mundo é tão idiota quanto você, Vinícius?

Ao ouvir o deboche, Vinícius engoliu a raiva. Não estava em condições de discutir. Já não se encontrava mais na Cidade A e sim escondido numa aldeia da cidade vizinha.

Miserável destino... A polícia estava caçando cada suspeito com fúria. Tivera até de evitar ônibus, fugindo a nado por um rio durante a noite.

— Pare de falar besteira. Se der certo, ficaremos ricos. Se falhar, caímos juntos. — Respondeu, ríspido. — As informações cruciais já te passei, junto com as fotos. Agora, se vira.

— Só quero deixar claro: se tiver sucesso, quero sessenta por cento.

Vinícius cerrou os dentes. Haviam combinado meio a meio, mas o comparsa já subia o preço.

Não tinha escolha: ou aceitava os quarenta por cento, ou ficava sem nada.

E, agora que vivia como um rato foragido, procurado em todo o país, sem poder aparecer em lugar algum, dependia quase inteiramente daquele homem para agir.

A crise crescia nas sombras. Todos acreditavam que o pior já havia passado... Mas, para Beatriz, uma catástrofe ainda maior se aproximava.

Naquele mesmo instante, no último andar do edifício do Grupo Pereira.

Rafael colocava sobre a mesa os documentos recém-assinados, enquanto atendia à ligação do mordomo.

— O Sr. Gabriel não apresentou nenhuma reação estranha a tarde inteira. — Relatava. — Só almoçou pouco e praticamente não disse uma palavra.

Mas a revelação que mais o surpreendera era outra.

Vitória era, na verdade, a irmã perdida de Renato.

Antes, Sérgio pensava em atingir Beatriz para ferir Gabriel. Mas agora... O jogo mudara.

Sabia bem: Gabriel, mais tarde, abandonara a amante, fizera com que fosse demitida e ainda a deixara endividada com uma multa contratual gigantesca.

Então, agora que aquela amante se reerguia, quem seria a primeira pessoa que ela desejaria destruir?

Naturalmente, o homem que a usara e depois a descartara como lixo.

Sérgio curvou os lábios num sorriso frio. Um plano já se formava em sua mente.

Anoitecia...

Nos andares de cima, Gabriel ainda estava no escritório. Tão absorto no trabalho que já passava das nove da noite, até que Rafael entrou para lembrá-lo da hora.

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