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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 692

Ao ouvir aquilo, as modelos caíram na risada ainda mais alto. Júlia praticamente se engasgava de tanto rir:

— Que piada boa! Cachorro deixa de comer merda? O sol vai nascer do oeste agora? Vitória, você não era toda arrogante, cheia de pose? E agora vem falar mansa com a gente, quase choramingando? Tá bom... Se quer que a gente não dificulte, ajoelha aí e limpa nossos sapatos.

As outras acharam que não bastava. Cada uma resolveu acrescentar crueldade:

— E tem que imitar cachorro latindo, correndo em volta da empresa.

— Eu vou abrir uma live, hein? O público da internet vai adorar assistir ao vivo!

Vitória ouviu cada palavra com os dentes cravados no lábio inferior. Seus olhos, pouco a pouco, se enchiam de lágrimas.

Atrás dela, o motorista já não aguentava mais. Deu um passo à frente, colocando-se diante dela como proteção:

— Eu aviso: não passem dos limites! — Rosnou.

Júlia e as outras o encararam e logo caíram em deboche:

— Vitória, esse é o novo amante que você arrumou? Bem fraquinho, hein... Mais parece segurança de boate.

— Mas deve ser cheio da grana, né? Senão, como você ia se interessar por ele? — Zombou outra.

— Dinheiro eu não sei, mas esposa com certeza ele tem. Afinal, o que você mais gosta é ser a outra, não é? Hahahaha!

As palavras eram veneno puro. O motorista, ao ouvir tais ofensas, fechou o punho com força, os olhos faiscando de raiva.

Que bando de mulheres de língua podre! Tudo o que vinha à cabeça, elas cuspiam sem pudor algum.

— Eu recomendo que vocês aprendam a ter um pouco de decência! — Explodiu ele. — Parecem pessoas de bem, mas a boca de vocês fede mais que esgoto!

— Não precisa discutir com elas... Eu já passei por isso tantas vezes. — Murmurou Vitória, a voz trêmula, quase num choro.

Vitória era mesmo uma sedutora de nascença. Bonita ela não era, mas a arte de fisgar homens parecia correr-lhe no sangue. Até elas, rivais, tinham de admitir.

— Esse tal de Sr. Renato... Tem o quê, mais de sessenta? Ou já passou dos oitenta? — Júlia disparou, o riso carregado de veneno.

Depois, lançou um olhar direto para Vitória e completou com sarcasmo:

— Nesse caso, devo chamá-la de “Dona Viuvinha de Ouro”?

Para ela, era óbvio: só podia ter subido na cama de algum velho milionário para ter coragem de aparecer de novo na empresa. Vitória realmente não fazia distinção... Engolia qualquer coisa.

Esse último pensamento, Júlia preferiu guardar para si. Não era tão tola a ponto de ofender em voz alta algum velho rico. E se, por acaso, o tal Renato estivesse mesmo babando de paixão por Vitória, dando a ela todos os mimos?

O motorista, ao ouvir aquelas insinuações torpes, já estava a ponto de explodir. Ele havia acabado de esclarecer a situação e, mesmo assim, aquelas mulheres ousavam difamar a senhorita e o Sr. Renato? Ora, eles eram irmãos de sangue!

Cheio de indignação, decidiu: não adiantava discutir mais. Pegou o celular e chamou a polícia. Que só aprendessem a lição vendo a viatura chegar!

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