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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 693

— Não falem besteira. Ele é meu irmão. — Declarou Vitória, enfim, em tom firme.

Ela não tinha se pronunciado antes porque, pelo canto dos olhos, vinha observando o movimento lá fora. Já havia notado a chegada da secretária de Renato.

— Irmão? Não seria padrinho? Agora no seu meio mudaram o nome, é? — Zombou Júlia, estreitando os olhos com malícia.

Mal terminou a frase, a porta se abriu e uma mulherentrou. Usava óculos de aro dourado e, para surpresa de todos, era estrangeira.

— Srta. Karine, foram elas que hostilizaram a senhorita, inventaram boatos obscenos e falaram as piores barbaridades. — O motorista girou nos calcanhares assim que ouviu os passos, explicando a situação à secretária.

Por um momento, todas ficaram em silêncio, com os olhos grudados naquela mulher recém-chegada.

A secretária caminhou até Vitória, curvou-se com respeito e disse:

— Srta. Vitória, peço desculpas por ter demorado. Sinto muito que tenha passado por tal constrangimento.

Júlia e as outras ficaram boquiabertas. A estrangeira, chamada Karine, tinha um jeito completamente distinto do motorista: roupas elegantes, postura refinada, ar de verdadeira profissional.

Todas voltaram a encarar Vitória, agora franzindo o cenho, e começaram a cochichar entre si, intrigadas.

— Não se preocupe, por uma coisa tão pequena, você não precisava vir pessoalmente. Me desculpe por isso. — Pespondeu Vitória, com um leve tom de culpa.

Karine ergueu o corpo e retrucou, firme:

— É o meu dever. Na verdade, o Sr. Renato viria em pessoa, mas ainda está preso em uma reunião. Por isso pediu que eu viesse resolver antes.

As palavras tocaram Vitória profundamente.

Em seguida, a secretária se virou para o grupo de mulheres. O olhar gelado brilhou por trás das lentes, e, com um gesto lento, empurrou os óculos para cima com o dedo médio:

— Então, quais foram mesmo as ofensas que vocês acabaram de lançar contra a Srta. Vitória? Têm coragem de repetir?

A aura que emanava dela fez com que os rostos das modelos empalidecessem de imediato.

“Sr. Renato” de novo. E agora, essa secretária estrangeira com jeito de executiva internacional... Não havia como negar: esse tal Renato devia ter um peso enorme.

Ela não deixou passar despercebida a mudança na postura de Enzo: de mandão prepotente para cão acuado, nem a forma como Júlia e as demais, agora caladas, já não ousavam repetir uma única ofensa.

Aquilo era só o começo. O espetáculo mal tinha começado, e já estavam tremendo?

Os lábios de Vitória se curvaram num sorriso, que logo se desfez. Ela apenas aguardava, paciente, para assistir ao desenrolar daquela peça.

— Você é o responsável por elas? — A secretária se adiantou, lançando a pergunta direta ao gerente Enzo.

Ele também avançou alguns passos, tentando manter a compostura, e respondeu com uma risada seca, quase bajuladora:

— Sim, sim. E como devo chamá-la?

— Pode me chamar de Karine. — Respondeu a secretária, com naturalidade.

— Muito bem, Srta. Karine. — Disse Enzo, prontamente. — Imagino que esteja aqui por causa da Vitória, não é? Ela trabalhou conosco, mas acabou sendo demitida porque sua vida pessoal manchava seriamente a imagem da empresa.

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