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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 736

Letícia respondeu, sem emoção:

[Entendido. Me manda o endereço do restaurante.]

Eduardo logo enviou a hora e o local. Ao ver a mensagem tão apressada, Letícia percebeu que precisava sair imediatamente para se arrumar e trocar de roupa.

Não havia jeito: se aparecesse desleixada, a mãe acharia que estava fazendo pouco caso e não pararia de resmungar.

Em compensação, se fosse a um encontro arranjado bem produzida e depois alegasse que não tinha dado certo, a mãe não teria argumentos para insistir.

Letícia pegou a bolsa e saiu.

Enquanto isso, no andar de cima, no escritório da presidência, Eduardo também se levantava. Pegou o paletó e as chaves do carro e, ao passar pela secretaria, avisou:

— Hoje vou sair mais cedo. Deixem os documentos sobre a minha mesa.

A secretária respondeu afirmativamente, mas, assim que ele saiu, todos no setor se entreolharam, surpresos.

O Sr. Eduardo, conhecido como um verdadeiro workaholic, saindo no horário? Isso era mais raro que eclipse!

O elevador desceu até a garagem subterrânea, na área exclusiva de estacionamento.

Eduardo dispensara o motorista e decidiu dirigir sozinho. E, em vez da habitual Bentley executiva, escolheu um Lamborghini esportivo.

O carro saiu do estacionamento e seguiu direto até o prédio comercial onde ficava a Aurora.

Eduardo olhou o relógio de pulso: havia chegado na hora exata. Naquele momento, Beatriz provavelmente estaria esperando o elevador.

Encostou o carro na calçada, fitando a entrada do edifício, e chegou a levantar os olhos para os andares superiores.

Era um prédio abarrotado de empresas, impossível saber quantas dividiam aquele espaço.

A Aurora talvez tivesse um futuro promissor, mas, por enquanto, ainda era apenas uma startup de porte reduzido.

Por isso mesmo, Eduardo não entendia por que Beatriz insistia tanto em ficar ali, em vez de aceitar o convite de integrar o Grupo Martins. Sua irmã já a havia chamado várias vezes.

Enquanto refletia sobre isso, Beatriz surgiu em seu campo de visão.

Mesmo de longe, no meio da multidão que saía do prédio, Eduardo a reconheceu de imediato.

Era impossível não notá-la: fosse pela beleza, fosse pela serenidade da aura que carregava, Beatriz brilhava de forma única.

— Está parada aí sem se mexer por quê? Me viu e ficou com medo?

Enquanto falava ao telefone, uma voz masculina, familiar, soou bem perto. Beatriz ergueu os olhos por instinto.

Agora que a figura se aproximava, reconheceu aquele rosto conhecido. Somado ao timbre de voz...

Beatriz deu alguns passos apressados e, enfim, enxergou claramente.

Com o braço apoiado na janela do carro, em pose despreocupada de típico herdeiro mimado, quem poderia ser senão Eduardo?

— O que você está fazendo aqui? — Perguntou ela sem pensar.

— Vim te levar para casa. Minha irmã saiu para um encontro, então eu vim no lugar dela. — Explicou Eduardo.

Beatriz ficou atônita.

"Eduardo, indo me buscar na saída do trabalho?

Mas o Daniel não acabara de dizer que fora Letícia quem pedira para ele me levar?"

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