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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 773

— No momento, o Sr. Gabriel recebeu os devidos cuidados e já está fora de perigo. — Relatou a secretária.

Renato ouviu, a testa franzida, os punhos cerrados com força, o olhar fixo em um ponto distante.

Se fosse um acidente comum, ele não teria reagido assim. Mesmo que Gabriel tivesse morrido atropelado, pouco lhe importaria. Mas o problema era outro...

Aquele carro não vinha contra Gabriel. O alvo era a ex-esposa dele. Gabriel só se ferira porque a salvara.

E alguém estava tentando matá-la.

O caso anterior, quando Vinícius usara sonífero para sequestrá-la, ainda não tinha sido resolvido. Agora, mais um acidente acontecia.

Todas as vezes, a intenção era a mesma: que Beatriz morresse.

“Faça limpo. Eu quero ela morta...”

A lembrança surgia em sua mente, a voz da irmã ecoando, tirada das conversas anônimas que ele mesmo tinha visto naquele site.

Renato voltou a si, o semblante sombrio.

— Descubra se o motorista deste atentado tem alguma ligação com aquele Vinícius. — Ordenou com frieza.

A secretária assentiu, mas antes de sair, Renato acrescentou:

— Em absoluto sigilo. A família Pereira não pode saber de nada.

Não que ele estivesse se sentindo culpado. Mas a verdade ainda não tinha sido esclarecida. Se divulgassem antes da hora, a culpa cairia diretamente sobre Vitória. Mesmo que...

Ele próprio também desconfiava disso.

Quando a secretária saiu para investigar, Renato permaneceu sozinho no escritório. Após refletir por um tempo, acabou decidindo contar tudo a Luciano, inclusive as suas suspeitas.

— Não é que eu não esteja do lado da minha própria família. Mas é que a Vi, de fato, já tentou tirar a vida da Beatriz várias vezes. — Disse em tom grave. — E, desta vez, é diferente. É muito mais sério. Está diretamente ligado ao próximo herdeiro da família Pereira. Gabriel tinha ido parar na sala de cirurgia. Se não tivesse sobrevivido, e a família Pereira descobrisse o culpado... como eles poderiam se explicar?

Na varanda da suíte do hotel, Luciano ouvia a voz do filho pelo telefone, a expressão carregada.

Com esses pensamentos, Lorena decidiu ficar atenta. Iria investigar por conta própria, em segredo.

Naquele instante, no departamento de design da Aurora, Beatriz tinha voltado ao trabalho na hora do almoço sem comer nada, sem o mínimo de apetite.

Ainda estava no intervalo, recostada sobre a mesa, a mente tomada por uma confusão de lembranças e inquietações.

Talvez pelo cansaço, ou pelo choque que ainda não passara, caiu num devaneio vívido, quase um sonho consciente e retornou mentalmente ao tempo do segundo ano do colégio.

Naquela época, Vitória ainda morava na casa dos pais adotivos. Num final de semana, ela ligara para Beatriz, a voz aflita, pedindo que fosse até lá.

As duas ainda mantinham uma boa relação, e Beatriz, preocupada que algo tivesse acontecido, correu para encontrá-la.

Ao chegar, descobriu que Vitória discutia com o irmão adotivo, dez anos mais velho, enquanto os pais não estavam em casa.

Vitória, assustada, se escondeu atrás dela.

Beatriz tentou defendê-la, argumentando com o rapaz. Mas o homem, arrogante, não ouvia razão e avançava cada vez mais.

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