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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 781

Ao lado de Beatriz, Renato se lembrou dos documentos que havia assinado.

Ela tinha deixado claro: se Vi voltasse a atacá-la, ele não deveria encobri-la em hipótese alguma, tudo teria que seguir o processo formal.

No fim das contas, era difícil dizer se Beatriz simplesmente tinha uma visão antecipada das coisas, ou se já previa que Vi jamais desistiria de prejudicá-la.

Renato franziu o cenho. Quando chegasse a hora, teria que prestar contas para os dois lados: para a família Pereira e para Beatriz.

De um lado, estavam os laços antigos entre duas famílias tradicionais, do outro, havia documentos assinados e testemunhados.

Nunca se sentira tão encurralado.

Questões de negócios eram simples: bastava agir com firmeza e cortar o que fosse preciso. Mas quando se tratava de sentimentos e obrigações pessoais, nada era fácil de resolver.

No dia seguinte, Beatriz foi trabalhar como de costume.

Por causa do acidente de carro ocorrido na véspera, o segurança designado pelo Sr. Henrique já não a seguia discretamente, agora, a proteção era feita às claras, diante de todos.

Enquanto trabalhava, Beatriz olhava de tempos em tempos para o celular, mas Rafael não lhe mandara nenhuma mensagem.

Já fazia um dia e uma noite, e Gabriel ainda não havia acordado.

Enquanto estava perdida em pensamentos, Murilo se aproximou e a cumprimentou:

— Beatriz, parabéns! Ontem a HG aprovou por unanimidade a sua proposta de design. — Disse Murilo.

Beatriz despertou do devaneio. Entre surpresa e alegria, perguntou:

— Tão rápido assim? Não tinham dito que o resultado só sairia daqui a três dias?

— A resposta deles foi que sua ideia trouxe uma inovação tão forte que, de baixo a cima, todos deram sinal verde. O diretor de design ficou particularmente impressionado com você. — Murilo sorriu. — É aquele homem que estava no centro da banca de avaliação, com quem você chegou até a discutir alguns pontos.

Beatriz se lembrou dele e não conteve um sorriso. A felicidade transbordava em seu rosto.

Conquistar o projeto da HG significava que sua efetivação e promoção estavam praticamente garantidas.

Cheia de entusiasmo, mergulhou de novo no trabalho.

— Ela só entrou na Aurora porque usou seus contatos. O Sr. Daniel foi colega dela na faculdade… E ainda por cima era apaixonado por ela.

— Exato. Desde o começo, Beatriz recebeu um tratamento diferente do nosso. É apenas funcionária comum, mas já tem direito ao elevador exclusivo. Isso é privilégio de executivos! Até a nossa chefe de equipe precisa disputar espaço no elevador dos empregados junto com a gente.

— Conseguiu subir na vida só com a beleza e seduzindo homens, com certeza. Não sei nem por que veio parar nesse nosso cantinho. Deve ser só pra se destacar e se sentir acima da gente.

Ao ouvir aquilo, Beatriz perdeu completamente a paciência.

Entrou na sala sem hesitar.

O som de seus passos ecoou, e as colegas se viraram de repente. Quando viram que o alvo das fofocas estava ali diante delas, seus rostos se encheram de constrangimento, como quem tivesse sido pega em flagrante.

“Será que Beatriz tinha ouvido tudo? Ou apenas parte?”

Mas, mesmo que tivesse escutado cada palavra, que diferença fazia? No fundo, pensavam, elas não estavam mentindo: o mundo corporativo nunca fora justo.

— Vocês têm coragem de falar de mim pelas costas, mas não têm peito de repetir na minha frente? — Disse Beatriz em tom grave, com os olhos fixos nelas.

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