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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 794

— Não vá, mãe! Isso seria como implorar. Eu, a filha da família Martins, preciso me rebaixar desse jeito? Também tenho minha dignidade, minha imagem! — Reclamou Letícia, indignada.

Era constrangedor demais: a própria mãe indo pedir para Renato abrir a dança com ela. Aquilo a deixava sem chão.

Agarrou o braço da mãe com firmeza, impedindo-a de se aproximar. Olhou em volta: havia três ou quatro rapazes se aproximando, claramente interessados.

Mas…

Todos eram feios. Muito feios. Letícia não se agradava de nenhum, e além disso, a introdução musical já estava quase terminando.

— Vou chamar meu irmão. — Decidiu de repente.

— Seu irmão? Quer abrir o baile dançando com ele? — Priscila franziu o cenho, desaprovando.

— E qual o problema? Meu irmão não serve, por acaso? — Retrucou Letícia. — De qualquer forma, não pense que vou correr atrás do Renato. Isso eu não faço. Prefiro morrer a passar vergonha.

Priscila ficou sem palavras diante da teimosia da filha. Sem alternativas, voltou o olhar para os rapazes que se aproximavam.

— Então escolha um deles. — Sugeriu. — O terceiro da esquerda, por exemplo. O de terno azul-royal. O pai dele é presidente da Construtora Atlântica. Temos projetos em parceria com o Grupo Martins.

Letícia lançou um olhar rápido. Não estava nada animada, mas não havia muito o que fazer. Seu irmão ainda não aparecera, e o tempo se esgotava.

Suspirou, soltou o braço da mãe e se preparou para ir na direção indicada.

Porém, assim que deu o primeiro passo, uma mão grande surgiu ao lado dela.

Sob o tecido elegante de um terno sob medida, um abotoador de pedra negra reluzia discretamente, irradiando sobriedade e contenção.

Letícia seguiu a linha da mão até o rosto do dono e, ao reconhecê-lo, ficou paralisada.

Era… Renato?

Mas… Sua mãe nem sequer tinha ido convidá-lo!

Ao lado, Priscila viu Renato se aproximar. Quando ele estendeu a mão em direção a Letícia, fazendo o gesto de convite, o coração dela se encheu de expectativa e esperança.

Não tinha sido ela quem o procurara, era ele quem vinha de livre vontade.

A dupla de um homem tão imponente e uma jovem tão deslumbrante formava um espetáculo irresistível. Todos os presentes voltaram os olhos para o casal, fascinados pelo baile.

Ele, alto e de feições marcantes; ela, bela e radiante.

E todos sabiam muito bem quem era a jovem: a filha da família Martins, o centro da noite.

Quanto ao homem, a maioria também já o reconhecera: ninguém menos que Rex, nome respeitado e temido no cenário empresarial internacional.

Que os dois dividissem a primeira dança não era apenas um gesto social. Para muitos, soava como um sinal claro: havia grandes chances de uma futura aliança entre a família Martins e a família Cardoso.

Um burburinho percorreu o salão. Alguns olhares eram de inveja, outros de ciúmes, outros ainda de admiração.

Todos entendiam o que estava em jogo: uma aliança dessas mudaria o tabuleiro dos negócios na Cidade A.

A posição da família Martins poderia saltar diretamente para o topo, competindo lado a lado com a família Pereira.

Talvez até superando-a.

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