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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 795

Na frente da multidão, Vitória assistia a Renato conduzir Letícia para a dança. A raiva a fez ranger os dentes.

Era ela quem queria abrir o baile ao lado de Renato!

E, afinal, ele não dissera que não tinha interesse em Letícia? Então por que, de repente, a convidara de forma tão direta?

Com os lábios mordidos de frustração, Vitória virou-se para Lorena, querendo testar a reação da mãe.

— Mamãe, o Renato chamou a Srta. Letícia para a primeira dança… Será que ele gosta dela? — Perguntou em voz baixa.

Lorena, embora mantivesse os olhos voltados para dentro do salão, parecia distante, como se estivesse absorta em pensamentos.

— Mamãe? — Insistiu Vitória, sem receber resposta.

Lorena então voltou a si, pousando o olhar no filho e em Letícia, que giravam sob as luzes do salão. Respondeu de forma vaga, quase distraída:

— Hum… Letícia é uma boa moça…

Ao ouvir aquilo, Vitória cravou os dentes no lábio até quase feri-lo. As unhas se enterraram na palma da mão.

Então sua mãe já aceitava Letícia como futura nora?

Não! De jeito nenhum permitiria que Letícia entrasse para a família Cardoso. Faria de tudo para impedir esse casamento!

Mais afastado, Eduardo também acompanhava a cena no centro do salão. Não escondia o quanto a presença inesperada de Renato o surpreendera.

E, deixando Vitória de lado, tinha de admitir: os dois, juntos, combinavam bem.

Quando soube que o homem era oito anos mais velho que sua irmã, sua primeira impressão foi a de alguém sério em demasia, quase uma figura paterna.

Mas Renato era diferente. Apesar da idade, mantinha-se jovem em aparência e vigor, até mesmo mais do que ele próprio.

E mais importante: se realmente acabassem se casando, ele se tornaria cunhado de Renato.

O simples pensamento arrancou-lhe um sorriso de canto. Soava bem agradável, para falar a verdade.

Levantando discretamente a sobrancelha, Eduardo decidiu que não se intrometeria nesse assunto.

Com ele, Letícia mantinha barreiras; com Renato, parecia não ter tantas reservas.

Além disso, do ponto de vista masculino, não havia como negar: juntos, formavam um casal perfeito.

E, em termos de família e status, se viessem a se casar, seria literalmente uma união de ouro.

— Se ela gostar, você só precisa preparar o presente e comparecer ao casamento. — Respondeu Eduardo, relaxado.

Leonardo virou-se para ele, surpreso. Não esperava que o irmão mais velho de Letícia não demonstrasse nenhuma objeção, pelo contrário, parecia até satisfeito com a possibilidade.

Pensando melhor, fazia sentido. Eduardo não tinha motivo para se opor. A família Cardoso era poderosa, a posição social impecável, e quanto a Renato em si, não havia falha que se pudesse apontar.

— Mas você mesmo não disse antes que aquela Vitória… — Começou Leonardo.

Eduardo colocou a mão no ombro dele e deu dois tapinhas:

— Vitória não é problema. Se depois do casamento ela ousar tratar mal a Letícia, nós dois, como irmãos, cuidaremos para que a justiça seja feita. — Sorriu de canto e completou em tom de brincadeira. — E aí espero que você me faça um desconto nos honorários advocatícios. Já conto com você para brigar na justiça do nosso lado.

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