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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 849

— A secretária do Renato. — Disse Eduardo.

Ao ouvir isso, Letícia também virou o olhar, enquanto Eduardo já chamava em voz alta:

— Karine!

A secretária, que naquele momento levava o café da manhã para os andares de cima, ouviu a voz e se voltou, surpresa:

— Sr. Eduardo? O senhor aqui?

— Você vai ver a Beatriz? — Perguntou Eduardo sem rodeios. — Em que andar, em qual quarto ela está? Vamos juntos.

Karine hesitou, visivelmente constrangida. O chefe tinha dado ordens expressas: ninguém poderia visitar a paciente.

— Que cara é essa? — Avançou Letícia, irritada. — Quero ver minha amiga, por que você não pode nos dizer?

Aquilo era estranho demais. Afinal, ela não era apenas a secretária de Renato? Que direito tinha de impedir o acesso?

E por que o hospital inteiro mantinha a situação da Beatriz em sigilo absoluto? Seria coisa do Gabriel?

Mas então… O que tinha Renato a ver com isso? Por que a secretária dele parecia tão enrolada, tão desconfortável?

— A senhora deve ser a Srta. Letícia, certo? — Respondeu Karine, tensa. — Não é que eu não queira contar. Mas nosso chefe proibiu que pessoas de fora subam até lá.

As palavras fizeram o sangue de Letícia ferver ainda mais.

Se fosse uma ordem de Gabriel, até poderia entender. Mas Renato? Que autoridade ele tinha?

— Quem o Renato pensa que é pra não deixar a gente ver a Beatriz?! Ele não é ninguém! Diga logo o número do quarto! — Explodiu Letícia, xingando sem medir palavras.

Karine encarou a expressão furiosa da Srta. Letícia e pensou que não era à toa que ela conseguia deixar o chefe dela tão transtornado.

Ainda assim, diante da posição social dela, não se atreveu a ofender. Então tirou o celular e disse:

Renato, no entanto, permaneceu em silêncio. Não tinha vontade de dar explicações.

Estava exausto, esgotado e, acima de tudo, aflito: sua irmã ainda não havia despertado.

— Nós vamos subir. Em que andar ela está? — Insistiu Eduardo, a voz agora firme, quase dura. — Se você está tentando enganar todo mundo, eu vou chamar a polícia. Não pense que eu não sei que foi a Vitória quem armou contra a Beatriz dessa vez.

Antes que Renato pudesse responder, Letícia arrancou o celular da mão do irmão e berrou no viva-voz:

— Renato, estou avisando! Se acontecer alguma coisa com a Beatriz, eu acabo com você! Já foram quantas vezes, hein? Fala! Quantas vezes ela escapou por um fio de vida?! Você só vai sossegar quando ela perder de vez essa vida? Por que não consegue deixá-la em paz? Por quê?!

Do outro lado, Renato apenas apertou os lábios em silêncio.

Sabia bem por que Letícia gritava daquele jeito: ela tinha visto, vezes demais, como ele havia acobertado e protegido Vitória em cada agressão contra Beatriz.

E, como melhor amiga de Beatriz, Letícia carregava na voz toda a revolta e o ódio acumulados.

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