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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 848

Aquele sorriso constante de quem parecia sempre gentil não passava de uma máscara. Por trás, havia alguém capaz e implacável.

Na estrada, dentro do carro, Eduardo e Letícia ouviam pelo viva-voz a explicação detalhada de Rafael.

Mas ele mesmo só tinha recebido a notícia naquela manhã. O incidente havia acontecido tarde da noite anterior e, por isso, muitos detalhes ainda eram nebulosos.

— Enfim, foi isso. Os seguranças, junto com a polícia, conseguiram resgatar a Beatriz. — Contou Rafael.

— Quem mandou atacar? Foi a Vitória de novo?! — Perguntou Letícia, tomada pela raiva.

— Não posso afirmar. Só soube através dos seguranças. — Respondeu Rafael.

Ele fez uma breve pausa e acrescentou, intrigado:

— Mas há algo muito estranho… A pessoa decisiva para salvar a Beatriz foi alguém que nenhum de nós poderia imaginar.

Eduardo e Letícia prenderam a respiração, esperando a continuação. Quando ouviram o nome “Renato”, ficaram igualmente atônitos.

— Renato? — Murmurou Letícia, atordoada. — Como assim ele foi o primeiro a ajudar a Beatriz? Não deveria estar do lado da Vitória, tramando contra ela?

— Não. — Negou Rafael. — Pelas informações, o Sr. Renato não apenas foi essencial no resgate, como já havia mandado seguranças para proteger a Beatriz de antemão. Foi assim que ele soube de tudo rapidamente e conseguiu chegar ao local.

Letícia franziu as sobrancelhas, e Eduardo também estreitou os olhos, refletindo:

— Pode ser que Renato soubesse que a Vitória planejava atacar a Beatriz. Então, para não se complicar com a família Pereira caso algo grave acontecesse, resolveu agir antes.

Letícia não respondeu. Até agora, essa parecia mesmo a explicação mais plausível. Do contrário, Renato jamais se moveria apenas por causa de um contrato.

— Então era por isso que a Bia não respondeu minhas mensagens… Na verdade, ela já estava passando por tudo isso ontem à noite. — Murmurou Letícia, sentindo-se culpada. — Que absurdo… Eu não devia ter ido àquele jantar, devia ter ficado ao lado dela.

Eduardo, ouvindo tudo, apertou os lábios e disse:

— Mesmo que você estivesse ao lado dela, não teria conseguido impedir o que aconteceu. Vamos primeiro ao hospital.

A resposta, porém, foi seca: não estavam autorizados a revelar nenhuma informação sobre a paciente.

Ele franziu a testa. Normalmente, informar o número do quarto era algo trivial, mas ali… Nada.

— Por favor, enfermeira, nos diga! Somos amigos da paciente, só soubemos hoje de manhã do que aconteceu. — Implorou Letícia, aflita.

A enfermeira viu o desespero no rosto dela, mas apenas balançou a cabeça. Havia ordens superiores: o estado daquela paciente deveria permanecer em absoluto sigilo, sem qualquer informação repassada a terceiros.

Letícia sentiu a pressão aumentar no peito, quase sem saber o que fazer.

Eduardo já estava prestes a ligar para alguém e usar suas conexões para descobrir em qual quarto Beatriz estava internada, quando, de repente, avistou alguém entrando pelo setor de internação.

Um rosto conhecido.

Não era ela…?

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