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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 871

Carlos soluçava, tentando falar. Queria implorar por misericórdia, aceitar o destino, pedir que o deixassem viver, prometendo fazer qualquer coisa para compensar, contanto que o poupassem.

Mas o que recebeu em troca foram apenas socos e pontapés. Aqueles homens eram lutadores treinados, com punhos duros e implacáveis, calçados com sapatos de couro de bico de aço.

Cada golpe atingia os ossos diretamente. A dor fazia as lágrimas jorrarem de seus olhos. Mas, com a boca amordaçada, ele sequer conseguia gritar.

Quando Carlos pensou que seria espancado até a morte, de repente, os socos e chutes cessaram pouco a pouco.

— Chefe. — Disseram os seguranças em uníssono, alinhando-se em fila.

Carlos ouviu aquele chamado e, logo depois, o som de passos firmes se aproximando.

Passos que pareciam vir do próprio inferno... E cada um deles ecoava como uma sentença de morte.

De repente, a venda em seus olhos foi arrancada. Ele piscou várias vezes para se acostumar à luz repentina, até erguer a cabeça e ver o homem que estava a apenas dois passos de distância.

Ele o conhecia. Renato. O chefe deles.

Naquele instante, o rosto de Renato estava carregado de sombras. Em seus olhos havia uma fúria avassaladora e uma sede de sangue incontida.

A visão daquela expressão brutal fez Carlos encolher o corpo, tremendo dos pés à cabeça.

— Se... Sr. Renato... — Balbuciou, trêmulo.

— Eu não queria matar a Beatriz, foi a Vitória! Foi ela quem me obrigou! — Começou a se justificar, desesperado para que Renato acreditasse. — Ela me forçou a fazer aquilo! Eu sou só um zé-ninguém, como poderia resistir às ordens dela? Eu nem sabia que Beatriz era sua irmã! Naquele momento, eu pensei que... Eu não podia ofender a ela, nem à família Cardoso...

Carlos tinha o rosto suplicante, fingindo uma sinceridade desesperada.

Eles já haviam descoberto tudo, até mesmo os desvios de dinheiro que ele havia embolsado.

— E no fim, mesmo que você não soubesse que a tal Vitória era uma farsante, você aceitou dinheiro para contratar assassinos. — Continuou a secretária, sem dar trégua. — O quê? O dinheiro caiu direto na sua conta e você não teve como recusar? Ou foi alguém que encostou uma faca na sua garganta? Usou a fundação como fachada, depois fugiu do país às pressas... E tudo isso foi planejado por você desde o começo. E ainda tem a cara de pau de negar?

Carlos já não conseguia mais abrir a boca. Por mais que tentasse se justificar, o fato era inegável: ele ajudara Vitória a mandar matar. Renato jamais o perdoaria.

Naquele instante, já não havia mais nada a dizer. Renato deu um passo à frente.

Carlos pensou que ele fosse falar alguma coisa, mas o que veio foi um chute brutal no estômago.

A força foi ainda maior do que a dos seguranças. Na mesma hora, Carlos sentiu os órgãos internos se deslocarem. A dor era tão lancinante que o fez se curvar em arco.

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