Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 870

— O quanto for preciso, não importa. Só quero que façam tudo para salvar minha irmã. — Disse Renato.

Não interessava quanto custasse, nem quão raros fossem os medicamentos. Naquele mesmo dia, ele os conseguiria.

O médico o encarou. Por ora, aquelas injeções de nutrição avançada seriam suficientes. Afinal, cada uma custava cem mil dólares, e o Sr. Renato havia mandado trazer, por transporte aéreo urgente, trinta unidades diretamente do exterior.

Com isso, até alguém à beira da morte poderia ser trazido de volta. Era impossível negar: tratava-se de um poder e de uma riqueza fora do comum.

Na verdade, desde a noite anterior, quando ele conseguira mobilizar, em questão de minutos, toda uma equipe de especialistas da Cidade A para revezar no resgate de Beatriz, já ficara claro o alcance de sua força e influência.

Os profissionais de saúde se retiraram do quarto. Luciano, Lorena e Renato só podiam acompanhar de fora, colados à janela, observando a filha através do vidro.

A notícia de que Beatriz havia recobrado a consciência, ainda que por instantes, chegou rapidamente aos ouvidos do Sr. Henrique. No entanto, ele não correu imediatamente para o hospital, preferindo esperar até que ela despertasse de fato.

O estado dela ainda era muito frágil. Se não fosse pelo aparato médico mobilizado pela família Cardoso, reunindo recursos nacionais e internacionais, seria impossível que Beatriz, tão gravemente ferida, tivesse recobrado os sentidos tão depressa.

Se fosse uma pessoa comum… Já teria sucumbido.

O tempo passava de forma angustiante. Os pais da família Cardoso não tinham ânimo para mais nada, sequer se lembravam de comer. Apenas rezavam para que a filha despertasse logo.

Ao vê-los consumidos pela dor, Renato também sofria. Mas havia algo importante que precisava resolver.

— Pai, mãe, fiquem aqui com minha irmã. Assim que ela acordar, me liguem. — Pediu ele. — Preciso sair, Carlos já foi trazido de volta ao país.

Luciano apenas assentiu. Já Lorena, ao ouvir aquilo, deixou transparecer nos olhos todo o ódio.

— Ele tem que ser esfolado vivo! Aquele desgraçado maldito! Não podemos deixá-lo escapar.