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Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 898

Depois da conversa, o Sr. Henrique já estava dentro do carro. Quando o motorista ligou o motor, ele baixou o vidro e se inclinou:

— Ah, mais uma coisa. Vocês ainda guardam alguma lembrança da infância dela? Mostrem pra Bia. Reviver memórias pode tocar mais fundo que qualquer palavra.

— Sim, claro que temos! — Respondeu Lorena, quase atropelando as próprias palavras. — Eu ainda guardo o coelhinho de pelúcia dela. Era o brinquedo preferido da Bia. Quando fomos pro exterior, levei comigo como recordação.

Henrique assentiu com a cabeça. Logo depois, o carro se afastou do hospital.

Lorena secou os olhos com pressa e disse a Luciano:

— Liga agora. Manda trazer tudo que pertenceu à Bia. Quero cada coisa aqui, hoje mesmo.

Luciano não perguntou duas vezes. Pegou o telefone e começou a dar ordens.

Voltaram para a porta do quarto, mas não entraram. Henrique e Letícia já tinham recomendado não forçar o encontro. Restava apenas esperar, aflitos, do lado de fora.

Nesse momento, Renato se aproximou. Não entrou também. Ficou parado diante da janela, os olhos fixos lá dentro. Quando avistou Letícia, hesitou um instante, depois pegou o celular e digitou.

Dentro do quarto, o telefone de Letícia vibrou. Ela pegou para ver. Ao levantar os olhos, encontrou Renato do outro lado do vidro. O olhar dele suplicava, cheio de expectativa.

Ela desviou rápido, baixou os olhos para a tela e leu a mensagem. Respirou fundo, lançou um olhar para Beatriz, ainda absorta, e falou baixinho:

— Bia…

Beatriz virou o rosto devagar para encará-la.

— É o seguinte… O Renato sabe que você não quer vê-lo. Então pediu pra eu trazer algumas palavras em nome dele. — Explicou Letícia.

E se apressou em completar:

— Mas se você não quiser ouvir, eu não digo nada.

— Ele disse ainda que, antes, nunca tinha visto uma foto sua nem te conhecido pessoalmente. Se tivesse, teria reconhecido na hora. Na noite da minha festa de aniversário foi a primeira vez que te viu. Já ali desconfiou de alguma coisa e, naquela mesma noite, começou a investigar.

Enquanto falava, Letícia abriu um parêntese com a própria opinião:

— E eu acredito nisso. Aquela noite ele mesmo me procurou pra perguntar sobre você, principalmente sobre a sua história no orfanato.

Beatriz ficou pensativa. Lembrava bem: Letícia realmente havia contado isso antes.

Na época, ela interpretou de outro jeito. Achou que Renato queria confirmar, nos documentos, que era sozinha no mundo, pra poder manipular com mais facilidade.

Letícia retomou, agora lendo diretamente do celular:

— Depois daquela noite, mesmo desconfiado, ele não tinha certeza. Então mandou a secretária ao orfanato pra buscar seus arquivos.

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