Mas o diretor do orfanato já estava no bolso da Vitória. Todos agiam em conluio.
O dossiê de Beatriz havia sido destruído, e Renato não encontrou alternativa senão mandar a secretária conseguir um fio de cabelo dela.
Temendo que algo pior acontecesse, ainda colocou seguranças para vigiá-la. Mas foi tarde demais: na noite seguinte, Beatriz sofreu o ataque.
— Ele disse que, naquela noite, por volta das sete, a secretária não te procurou para armar uma emboscada, mas para conseguir o seu cabelo. — Explicou Letícia, encerrando o relato.
Beatriz permaneceu com a cabeça baixa, os olhos fixos no lençol fino. Parecia longe dali.
Lembrava-se claramente: naquela noite, a secretária de Renato aparecera dizendo que precisava de um documento complementar para o acordo. No fim, comentara que havia uma folha presa em seus cabelos e, ao retirá-la, puxara alguns fios junto.
Agora tudo fazia sentido.
— O que ele quer dizer é que não está tentando se justificar, apenas provar que nunca desejou de verdade te machucar. E que se arrepende por ter reconhecido a pessoa errada, o que acabou te arruinando. Ele pede desculpas. — Concluiu Letícia.
O quarto mergulhou em silêncio. Beatriz não respondeu. Continuou imersa em pensamentos.
Letícia digitou de volta para Renato, confirmando que havia transmitido a mensagem. Pouco depois, recebeu a resposta:
[Obrigado pela ajuda, Srta. Letícia.]
Ela bloqueou a tela, ergueu os olhos para a amiga atônita e soltou um suspiro contido.
Mesmo que aceitasse aquelas palavras, Beatriz precisaria de tempo. Só o tempo poderia ajudá-la a digerir cada detalhe daquela verdade.
À tarde, Priscila apareceu para visitar, depois de saber que o estado de Beatriz já era estável.
Trouxe uma porção de presentes. Por fora, parecia apenas uma visita de cortesia; por dentro, carregava o peso da culpa e do remorso.
Beatriz levantou o olhar, acenou em cumprimento.
— Não precisa ser tão formal comigo. A Letícia comentou que sua garganta ainda não está boa… Melhor não forçar. — Disse Priscila, apressada.
Perguntou pelo estado da moça. Beatriz respondeu com calma:
— Já estou bem melhor, obrigada pela preocupação.
Priscila a estudou em silêncio, tentando captar algo. Mas o rosto da garota permanecia distante, sem emoção aparente e isso a deixava ainda mais insegura.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
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Eu não entendo: se eu quero pagar pra ler porque os capítulos tem que estar bloqueados???? Isso desestimula a leitura!!!! Desbloqueia por favor!!!!...
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Eu não entendo. Quero pagar pra ler e vcs não desbloqueiam!!!!...
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