Dois dias se passaram e Albert simplesmente havia sumido.
Não que Sophie estivesse preocupada ou quisesse vê-lo, apenas era estranho ele não retornar para a própria casa.
Disseram que por conta do trabalho, mas, suspeitava de que ele estivesse passando a noite com mulheres e mulheres! O que a deixava irritada... Era exatamente a mesma desculpa usada por Henrique. Revirou os olhos ao lembrar do ex. No futuro seria ainda mais irresponsável em deixar as crianças sozinhas, homens são assim, uns desgraçados que só querem usar e iludir as mulheres para seu próprio prazer e vontade.
Albert certamente era o pior deles! Aquele amargor que a consumia diariamente tomou posse de seu peito ao recordar de Henrique, ele agora estava no top 2 da sua lista de imprestáveis. Foram instruídos na mudança para a residência oficial de lorde Larsen, o motorista Desmond quem os levaria. Ele sequer fez questão de aparecer.
Esses dias, porém, fizeram com que ela pensasse com mais clareza precisava de um plano para conseguir escapar daquele país com suas crianças, incentivar ódio neles de fato era abominável. Não podia continuar a deixar tão evidente sua desaprovação por Albert de certa forma ele é o tio e quiçá talvez ele os deixasse voltar de bom grado? Com o passar dos dias certamente se cansaria dessa responsabilidade.
Era final da tarde quando chegaram em Åarhus quase 3 horas de carro! estavam exaustos, contudo a exaustão de Sophie se dissipou ao entrar na propriedade.
Diferente daquela mansão, esta era de fato um casarão de tijolos sendo mais específica um castelo, uma arquitetura neoclássica apaixonante cada detalhe daquele lugar desde a área verde imensa ao redor dela aqueceram o coração de Sophie. Eliza e Nicolas com toda certeza brincariam muito ali. O enorme muro que contornava a propriedade com uma distância favorável da casa trazia uma sensação de segurança. Parecia que músicas tocavam aos ouvidos de Sophie enquanto analisava o lugar, de repente caiu em si. Não podia se acostumar em viver ali, esse não era seu mundo, não pertencia a este lugar, pensaria como uma pousada onde passava férias.
— Nossa tia Sosô, esse lugar é incrível mesmo! — O comentário de Eliza deixou-lhe com o coração apertado, era preciso muito para surpreender aquela menina. A fachada era apenas uma miragem comparada ao interior sofisticado e moderno.
— Uau! Eliza tinha razão, é incrível! — Falou Nicolas — Mas, já sei, não é nossa não é titia?
— Mas é claro que é — Aquela voz forte e mascula a assustou internamente. — Tudo isso é de vocês, são meus sobrinhos — Albert Larsen descia a escada que devia levar para o andar superior daquele castelo-casarão.
— Querem conhecer seus quartos? prometo que não será assustador e certamente não há monstros. — Ele dizia com sorriso de orelha a orelha.
— Podemos, tia? — Perguntou Nicolas.
— Eu irei junto. — Eliza e Nicolas seguravam as mãos da tia enquanto seguiam Albert através da escada.
Ficou surpresa com a segurança daquele lugar, parecia projetado para crianças. Havia uma sala intima colorida e com vários livros duas portas com fechaduras por digital, na porta a direita Albert os levou para um corredor iluminado e espaçoso. Uma porta rosa com maçaneta em formato de flor brilhante chamou a atenção de Eliza, foi a primeira que ele abriu.
— Eliza espero que goste, pois, esse quarto é todinho seu. — A menina não se conteve! ficou deslumbrada e apaixonada. Era um quarto em vários tons de rosa com uma imensa casa de bonecas que tinha um escorregador ligado a cama dossel também rosa! tinha uma penteadeira, mine closet e banheiro também em tons de rosa com banheira nua cor rosa bebê. Tinha até mesmo um teto estrelado!
— Vou ter que dormir nesse quarto? — Perguntou Nicolas decepcionado.
Albert sorriu afável. E... que sorriso!
— Mas é claro que não campeão, vamos conhecer o seu.
— Posso ficar aqui nesse quarto, tia Sophie? posso brincar naquela casinha de boneca que me cabe dentro? — Por mais que ficasse feliz com a visível felicidade de Eliza algo quebrava em seu peito.
— Mas.... é claro, minha flor.
— É sério Eliza? não vai ver o meu quarto?
— Tá bom, tá bom! — Disse a menina.
A porta era azul escuro fosca. O quarto era tão impressionante quanto o de Eliza, vários tons de azul, um navio onde no quarto de Eliza era uma casa de bonecas. Cuja prancha era um escorregador ligado a cama também dossel apesar de que o cobertor era num formato de dinossauro tinha uma escrivaninha, brinquedos, banheiro em tons de azul a banheira dele parecia mesmo um dinossauro verde e azul escuro. Isso foi o que mais chamou a atenção de Nicolas.
Sophie queria chorar, por mais que odiasse admitir Albert podia prover uma qualidade de vida melhor para as crianças. Aqueles quartos em nada se pareciam com o quartinho apertado em que dormiam juntos.
— Podemos brincar, tia Sosô? — Perguntou Nicolas. Ela apenas assentiu em concordância e se forçou a sorrir.
— Vem Eliza, vamos brincar de piratas!
......
Albert se sentia triunfante. Pouco a pouco ele os conquistaria, e certamente mandaria Sophie para bem longe! Algo no olhar dela, porém, o deixou estranhamente desconfortável.
— Venha ver o seu quarto. — Ele disse de modo frio. A mulher permaneceu observando as crianças. Larsen voltou. — Sophie, fique tranquila que eles estão em segurança e seu quarto fica logo em frente. — Era um belo, sofisticado e feminino quarto. Conseguia ser ainda mais gracioso e aconchegante que o da outra mansão.
— Gostou? — Ele perguntou.

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