Ficar ou correr? romance Capítulo 137

Segurando meu braço, ele me puxou de volta para a cama. Lançando-me um olhar determinado, ele perguntou: "Você ainda se sente culpada?"

A sua pergunta me fez congelar. "Culpada?"

"Pelos meus machucados."

Abaixei a cabeça e ri. Balançando a cabeça, respondi: “Não, Pedro. Se você vive ou morre, não é mais problema meu.” Eu sabia que minhas palavras o deixariam com raiva e que teríamos uma discussão. Mas mesmo assim falei.

Ele olhou para mim por um longo tempo antes de finalmente perguntar: “Scarlett, não tem um lugar para mim no seu coração, tem?”

"Sim." Balancei a cabeça enquanto sentia um aperto no peito. Respirando lentamente, evitei o seu olhar sombrio e murmurei: "Quando meu avô me pediu para casar com você, concordei porque você é o sonho de consumo de todas as garotas, lindo e rico. No começo, esperei por uma bela história de amor. Foi por isso que me casei com você sem pestanejar. No entanto, com o passar do tempo, percebi que tudo não passou de uma ilusão.”

Rebeca era a única coisa capaz de me derrotar.

"E daí?" Ele trazia um olhar sombrio, e um sorriso frio nos lábios. "O surgimento de Marcelo, fez você perceber que pode escolher alguém que goste e adore você. Por outro lado, não sou mais tão importante assim. É isso mesmo?"

Suas palavras me encheram de fúria, e levantei a voz. “Sim! Por que eu tenho que ficar ao seu lado quando você pode ficar livremente com quem você ama?"

"Hein." Uma tensão pairava no ar. “Scarlett, você vê o mundo de um jeito muito simples. O que está planejando fazer? Vai se divorciar de mim e ficar com o Marcelo? Deixe-me te dizer uma coisa. Vai sonhando. Eu não vou te daria o divórcio, mesmo se você não estivesse grávida de mim."

"Pedro, você é um maldito!" Ele se recusava a me deixar viver uma vida tranquila. Ele preferia prolongar aquela situação a me ver viver uma vida feliz. Estava à beira de um colapso depois de suportar tanto. Puxei as luzes e decorações da cabeceira, e ela se estilhaçaram no chão. “Por que você pode fazer o que quiser com Rebeca, e eu não? Pedro, deixa eu te falar uma coisa. Eu nunca quis esse bebê.”

Era verdade, uma pessoa era capaz de dizer qualquer coisa quando estava dominada pela raiva.

Seu rosto ficou vermelho quando ele me agarrou e disse: "Diz isso de novo."

Olhei para ele, desejando que toda aquela frustração reprimida saísse de mim naquele momento

.“Eu não quero esse bebê de jeito nenhum. Está me ouvindo? Eu não quero esse bebê de jeito nenhum!” Levantei a mão querendo bater na minha barriga, enquanto chorava: “Essa gravidez destruiu tudo. Eu não quero ter o seu filho. Não vale a pena dar à luz a essa criança!"

"Scarlett!" A essa altura, seus olhos também estavam marejados, e podia ouvir seus dentes rangendo. "Você percebe o que está dizendo?"

Afastei sua mão e sorri. "Eu sei muito bem!”, gritei. Sentia a tristeza me invadir, e meu coração doía, como se alguém tivesse cravado um punhal no meu peito. "Pedro, não dou a mínima se você quiser ou não se divorciar, mas estou te avisando agora para não se envolver nos meus assuntos."

Então, ele estreitou os olhos enquanto sibilava em voz baixa:

"Seus assuntos?"

"Se você pode ficar com Rebeca, por que eu não posso ficar com Marcelo?" falei com raiva.

Ele me empurrou para a cama e murmurou: "O que você quer fazer com ele?" Então, puxou minhas roupas. Usava apenas o meu pijama, e ele o rasgou em um movimento áspero. "O que ele fez com você? Ele te tocou assim dessa maneira?"

"Pedro, desafio você a me matar!" Berrei enquanto beliscava as costas dele.

"Será uma pena se você morrer. Só é divertido quando eu te provoco assim, pouco a pouco.” Naquele momento, parei de resistir, não via motivos em fazê-lo. Eu o soltei e olhei para o teto. Depois de um longo tempo, ele se levantou e foi ao banheiro. Passados alguns minutos, ele voltou, trocou de roupa e saiu sem dizer uma palavra. Ao sair, ele bateu a porta, fazendo com que o estrondo reverberasse pelo quarto.

Quando isso vai acabar?

Como não precisava ir ao escritório, não tinha mais nada para fazer. Quando a Márcia ligou, tinha acabado de sair do banheiro. Ao atender a chamada, murmurei:

“Você ainda está no interior? Você encontrou um lugar para ficar?"

"Sim", ela respondeu. "Pedro te buscou na estação?"

Eu congelei. "Você contou pra ele?” Agora sei por que Pedro estava na saída da estação. Márcia contou para ele.

Ela assentiu. “Se você decidiu voltar para ele, vocês dois têm que ser abertos um com o outro. Não importa o que aconteça entre ele e Rebeca, você ainda está casada com ele. Já que tem de passar o resto da sua vida com ele, pode muito bem viver uma via boa e aproveitá-la. Scarlett, torne seu casamento num inferno. É cansativo viver assim.”

Sabia disso, mas não pude deixar de suspirar: “Infelizmente, tivemos uma briga e ele simplesmente foi embora.”

"Estão brigando de novo?" Ela resmungou. "Por que você não pode ter uma conversa tranquila com ele?"

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