Ficar ou correr? romance Capítulo 426

Aquelas palavras implicavam que estávamos abusando de nosso poder e oprimindo os outros.

Suas palavras irritaram meu tio, que sempre foi uma pessoa de princípios e honesta, então a ignorou e olhou para mim em vez disso. Queria saber a identidade dela.

Mordendo os lábios, respondi: “É a filha de Sérgio Novaes.”

A expressão de meu tio ficou séria e ele ficou em silêncio.

Eu disse a Colin: “Sigam com o jantar vocês quatro. Eu cuido disso.”

O homem olhou para mim, mas não disse muito. Apenas murmurou algo para meu tio e levou as duas crianças para dentro.

Graças ao cargo estimado, havia coisas que Luiz não podia dizer abertamente, então olhou para mim, depois seguiu o exemplo, deixando nós duas para trás.

Não quis me precipitar, então permaneci indiferente enquanto procurava um lugar para me sentar.

A expressão de Joyce era horrível. Devia estar frustrada por não ter sido levada a sério, apesar do escândalo que fez.

A garota se recompôs e olhou para mim. “O que quer que eu faça?”

Com um leve sorriso, escolhi minhas palavras com cuidado. “Se não fosse pelos homens que estão atrás de mim neste momento, teria sido eu implorando por sua misericórdia agora, certo?”

Ela tinha tudo planejado quando levou aqueles seus capangas ao hotel mais cedo. Felizmente, escapei e evitei a tragédia que sucederia com meu cadáver jogado em uma área deserta.

A relação humana é inegavelmente importante. Pode ajudar a salvar uma vida ou vingar outra.

Suprimindo sua raiva, olhou para mim. “O que vai fazer?”

Sorrindo, eu disse: “Nada.” Apertei os lábios. “Fiz o que pude. O resto é com seu pai. Se ele for inocente, nada vai acontecer. Caso contrário, enfrentará as consequências. Gravei cada palavra que você disse ao Sr. Machado. Do ponto de vista judiciário, a maneira como você o acusou de usar indevidamente seu poder para ganhos pessoais configura como crime de calúnia de difamação. Espero que as coisas não pareçam muito embaraçosas para você quando nos encontrarmos no tribunal.”

“Sua...”, bufou. “Você é desprezível!”

Olhando para o meu lindo jardim que florescia, não tive vontade de discutir porque esse tipo de coisa afetaria minha qualidade de vida. Por isso, apenas respondi: “Vá embora. Ficar aqui não te ajudar e ainda vai colocar seu pai na cadeia.”

Mesmo a pessoa mais tola do mundo pesaria os prós e os contras a fim de evitar quaisquer desvantagens. Ela não conhecia as pessoas com quem convivia, então não se importava com o que eu fiz ou o que lhe disse. Agora que sabe, com certeza pensará muito antes de agir.

Depois de sua partida, fiquei no quintal e mergulhei em pensamentos profundos.

Roubei quatro anos para mim. Com todos aparecendo ao mesmo tempo, receio que seja difícil buscar a paz.

O assistente de meu tio veio buscá-lo depois do jantar e Colin foi embora com Michael.

Ele recusou. Uma expressão triste tão raramente vista apareceu em seu belo rosto. “Já se passaram quatro anos. Pensei que poderia sair disso, mas as raízes só se aprofundam. Quando isso acontece, só o álcool me ajuda a relaxar.”

Suas palavras eram confusas. Não se podia deixar de notar a dor em sua voz.

“Vai se sentir melhor depois de uma boa noite de sono.” Eu o deitei na cama. Algumas pessoas agiam como criança quando estavam bêbadas.

Ele relutou. Em vez disso, passou as mãos pela minha cintura e deitou a cabeça em meu colo. Momentos depois, pude ouvir o som de sua respiração.

Suspirei e perguntei com calma: “Está mesmo bêbado?”

Sem dizer nada, continuou me abraçando.

Eu devia saber. Se estivesse bêbado, não teria sido capaz de chegar aqui.

Apoiei-o e na cama antes de sair do quarto para pegar um copo de água.

Quando voltei, seus olhos estavam fechados.

“Tenho uma criança em casa. Se voltar aqui, faça durante o dia. Suelen tem o sono leve.”