Ficar ou correr? romance Capítulo 622

Eu sorri. “Sim. Quem te contou isso?”

“Tio Marcelo ligou e me contou essa manhã.”

Surpresa, sorri. O homem era rápido em conseguir atualizações.

Eu a carreguei e sentei na cama. Com uma expressão séria, olhei para a pequena garota. “Suelen, eu vou ficar fora por alguns dias. Você quer ficar com o Sr. Carvalho ou com o Tio Marcelo e o Vovô?”

Ela inclinou a cabeça, me encarando com perplexidade. “Mamãe, você não vai me levar junto?”

“Suelen, você precisa ir para a escola, então não pode ficar andando comigo o tempo todo. Fique em Nova Itália. O Tio Marcelo, o Vovô e o Sr. Carvalho vão cuidar bem de você.”

“Mas eu quero sair e me divertir com você, Mamãe”, ela protestou com uma carranca.

“Suelen!”, levantei a voz. “Você pode vir comigo durante as férias escolares. Lembra que você já faltou um dia anteriormente? Todos têm suas responsabilidades, tanto crianças quanto adultos. Assim como o Sr. Carvalho vai trabalhar todos os dias, você precisa ir para a escola todos os dias também.”

Como de costume, sabendo que eu estava brava, a pequena garota não discutiu mais, ficou quieta por um momento antes de dizer: “Ok, Mamãe. Eu vou te obedecer.”

Abrindo a boca, quis dizer algo para confortá-la, mas no fim, as únicas palavras que consegui dizer foram para pedir que cuidasse de si mesma.

À noite.

Já eram 12 horas quando Pedro chegou em casa. No meu sono, senti vagamente que ele entrou na cama, mas eu estava muito sonolenta para perguntar como tinham sido as coisas.

Na manhã seguinte, já tinha saído quando acordei.

Flora bateu na porta. “Bom dia, Sra. Carvalho. Seu café da manhã está pronto. Antes de sair esta manhã, o Sr. Carvalho pediu para eu enviar as roupas dele para a lavanderia.”

Assenti e deixei que ela entrasse e fosse para o banheiro.

Ela era responsável pela lavanderia, então a deixei fazer o que precisava. Prendendo meu cabelo, fui para o banheiro me arrumar.

Enquanto a mulher tirava as roupas que Pedro tinha usado no dia anterior, seu corpo ficou repentinamente rígido.

Instintivamente, virei para olhá-la e a vi segurando uma camisa branca. Havia uma mancha de batom vermelho gritante na gola.

“Sra. Carvalho, talvez o Sr. Carvalho...” Flora ficou sem palavras. O clima estava constrangedor naquele momento.

Eu lhe dei um sorriso tranquilizador. “Está tudo bem. Talvez tenha sido esfregado acidentalmente na camisa. Pode mandar para lavar.”

Baixando a cabeça, continuei escovando os dentes e lavando o rosto. Para ser honesta, eu estava impassível. Depois de anos juntos, eu conhecia muito bem que tipo de homem Pedro era.

Quando se tratava de lealdade e relacionamento, eu tinha fé nele e não duvidaria por uma pequena questão como essa.