Fuga com o Herdeiro do Alfa romance Capítulo 7

"Sofia, pegue um tafetá azul-elétrico para mim, por favor?"

Assenti, indo até as prateleiras nas quais os tecidos estavam organizados por tipo e cor. Então, peguei o tafetá azul-elétrico e o entreguei para Cecília, que estava ocupada cosendo um vestido estilo cigarra encomendado por Senhora Hadlia.

Voltei ao meu lugar para terminar o gorro que combinava com o vestido de baile de Senhora Hadlia. Cecília e eu éramos as responsáveis por aquilo enquanto as outras costureiras estavam ocupadas lidando com os novos clientes das nobres damas.

Peguei a agulha e os fios pretos para costurar a borda do chapéu azul. "Vai ficar até mais tarde de novo, Cecília?", perguntei enquanto continuava costurando.

Cecília olhou para mim. "Provavelmente. Não é como se tivéssemos escolha. Nem temos pausas no trabalho, Sofia." Ela sorriu.

Eu ri, bufando. "Você está certa." Mas suspirei mais uma vez. "Não sei o que dizer de novo para Alex se eu voltar tarde para casa e ele estiver me esperando mais uma vez."

"Se ao menos a Senhora Barbar tivesse consideração por nossas horas de trabalho e nos pagasse a quantia certa…", ela pausou quando a porta se abriu, revelando uma mulher de cerca de cinquenta anos que usava um vestido amarelo-claro e um chapéu em miniatura na cabeça.

"Falando no diabo…" sussurrei sem fazer som para Cecília, o que a fez sorrir.

Nós duas nos encolhemos quando Senhora Barbar bateu em nossa mesa de trabalho. "Eu pago vocês duas para ficar de conversinha, por acaso?"

Baixamos as cabeças no mesmo instante, enquanto trocávamos olhares significativos.

"P-peço desculpas, Senhora Barbar", falei em meu tom mais honesto.

Eu me encolhi de dor quando ela agarrou meu cabelo e me forçou a olhar para ela. "Desculpas? Acha que isso será o bastante para compensar o fato de que peguei vocês nos flagra conversando durante o trabalho? Quer que suas dívidas aumentem dramaticamente, sua v*dia?!"

Mordi o lábio inferior, sem querer chorar enquanto suportava a dor que sentia na raiz do cabelo. Ela agarrou meu cabelo como se quisesse arrancá-lo.

Então, logo em seguida, a Senhora Barbar fez com que eu sentisse tontura de repente.

"Sofia!"

Segurei minha testa quando tudo que pudemos ouvir foi o alto baque de minha testa sendo batida contra a mesa. Eu não chorei quando ela me deixou, mas ouvi o grito de Nicia quando a Senhora Barbar puxou o cabelo dela também.

Contudo, ao contrário de mim, ela não bateu a cabeça de Cecília contra a mesa.

"Se eu voltar a pegar vocês duas de conversinha de novo, então talvez vinte chicotadas com acônito sirva como punimento adequado para vocês!"

Soltei um grunhido e meus lábios tremeram quando toquei minha testa, vendo o sangue que ali havia. O impacto contra a borda da mesa havia sido grande.

"Você está bem, Sofia?", Cecília perguntou, aproximando-se de mim e checando como eu estava.

"Estou bem", zombei, sem derrubar uma lágrima sequer. Ela tirou um pano do bolso e foi à pia molhá-lo antes de voltar a mim e limpar o sangue em meu rosto. "Esta dor não é nada comparado a quando dei à luz meu filho, Cecília", eu ri baixinho.

Cecília balançou a cabeça. "Mas é doloroso mesmo assim. Tsc. A Senhora Barbar realmente não sabe o limite e fica ferindo seus funcionários…", ela soluçou.

"Somos lobisomens, as feridas vão se curar logo." Dei de ombros assim que ela terminou de limpar minha testa e minha cabeça. "Temos que voltar ao trabalho. Não queremos ser pegas pela madame." Suspirei e massageei minhas têmporas quando me senti um pouco tonta por ter batido a cabeça.

Cecília quis protestar, mas acabou assentindo com a cabeça e concordando.

Quando fui para casa, já era dez da noite. Eu estava andando de volta quando parei para ver um restaurante no qual as pessoas faziam boas refeições. Suspirei e desviei os olhos, ignorando o quão bom tudo cheirava.

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