Fuga com o Herdeiro do Alfa romance Capítulo 9

"Tem tantas barracas de comida aqui, mamãe! Não consigo escolher uma só!", Alex sorriu enquanto andávamos pela orla e vimos algumas barracas.

Eu ri e segurei sua mão com força "Que tal irmos a um restaurante aqui perto? Tenho certeza de que você nunca veio aqui, não é?"

Ele arregalou os olhos, admirado. "Restaurante?" Assenti, acariciando seu cabelo. "Eu adoraria!"

Eu arrumei sua gravata borboleta e seu chapéu. "Pronto", falei, segurando seu rosto gordinho. "Meu filhotinho está crescendo tão rápido! Não posso aceitar isso", disse, sentindo-me emocionada enquanto lhe dava alguns beijos que o fizeram rir.

"Mamãe, quero crescer para poder te proteger. Vou procurar trabalho e ganhar dinheiro, para que você não precise mais trabalhar."

Isso me deixou com os olhos marejados. "O que eu fiz para merecer você?" Beijei sua testa. Ele era uma criança tão adorável. Eu realmente não merecia esse filhotinho…

"É que eu amo minha mamãe. Meus amigos me provocaram dizendo que você não me ama mais porque não fica comigo o dia todo. Mas eu disse a eles que você está trabalhando, para que a gente tenha algo para comer. Você não me abandonou, não é, mamãe?"

"Não… Abandonar você?" Eu quase xinguei, querendo machucar as pessoas que haviam dito aquilo ao meu filho. Eu já sabia que eram aqueles vizinhos irritantes do fim da rua que estavam provocando meu filho com aquele tipo de comentário. "Mamãe te ama muito. Eu jamais faria algo assim", garanti baixinho para ele. "Não dê ouvidos a eles, Alex. Ok?"

Ele assentiu. "Sim, mamãe."

"Bom menino." Beijei sua testa mais uma vez antes de decidirmos qual restaurante nos aceitaria.

Estávamos vestidos com roupas decentes e boas. Aquela era a primeira vez que eu trajava um vestido que parecia caro. E eu costumava usar vestidos caros anos atrás. Passei meses terminando roupas para mim e Alex, com tecido que consegui das sobras da alfaiataria da Senhora Barbar. Alex havia visto meu trabalho e até me ajudara com como fazer as roupas dele.

Fora um momento de união nosso, como mãe e filho, que eu sempre guardaria com carinho na memória.

Entramos em um restaurante que gritava luxo e elegância. Dado que eu já havia sido a esposa de um nobre, foi fácil para mim me portar com pompa e circunstância, mesmo com um filho que estava aprendendo rapidamente a agir como nobre.

"Por aqui, minha senhora."

Balancei a cabeça e não pronunciei uma palavra. Olhei para meu filho que estava com a cabeça erguida. Ele olhou para mim com seu chapeuzinho na cabeça. Dei uma piscadinha para ele, o que o fez rir.

Resolvi pedir uma mesa na varanda, em prol de ver o lindo cenário da orla, que fascinava meu filho. Apenas olhar para ele já bastava para afastar as preocupações que eu tinha.

Pedi os pratos cujos sabores eu já conhecia, e que sabia que seriam do gosto de meu filho, pois tínhamos paladares semelhantes.

Quando nosso pedido chegou, Alex não pôde deixar de ficar animado ao ver saborosos lagostins, bife grelhado e lasanha. Então, seus olhos se arregalaram quando viu a torta de creme de amêndoa e o cheesecake de mirtilo como sobremesa.

"Mamãe, podemos comer isso?" Ele sorriu enquanto sua boca salivava.

Rindo, eu balancei a cabeça. "Sim, podemos comer o quanto quisermos, meu homenzinho." Eu gentilmente encostei em seu nariz. "Vá em frente."

Observei meu filho comer o quanto queria. Fazendo barulhinhos de prazer… O rosto dele brilhava e ele ria.

Era adorável observá-lo. Eu guardaria com carinho essa memória com meu filho, para sempre.

Não saímos assim que a refeição terminou. Cheguei a pedir um chá de camomila para mim e um chá de ervas para Alex. Eu o havia ensinado como um nobre deve beber seu chá, o que ele rapidamente aprendeu, aprendendo mais sobre etiquetas.

"Estou fazendo certo, mamãe?", ele perguntou, mostrando-me como segurava sua xícara.

Verifiquei, vendo que o polegar e o indicador seguravam a alça enquanto o dedo médio apoiava a parte inferior. Seus dedos anelar e mindinho estavam dobrados para dentro da palma.

Assenti com a cabeça. "Está. Agora tome um golinho. Mas cuidado, está quente", falei baixinho.

"Mmm." Ele assentiu e, com cuidado, tomou um gole. Observei enquanto a expressão dele mudava. "Não tem gosto de nada, mamãe…"

Eu ri. "Ah, sim. É que você não colocou nada de açúcar. Aqui…" Coloquei um cubo de açúcar no chá, além de um pouco de leite. "Misture bem e experimente de novo."

Ele fez o que eu havia dito e, finalmente, vi a satisfação em seu rosto. "Agora tem um gosto bom, mamãe!" Ele riu.

"Ainda bem que gostou." Acariciei sua cabeça, rindo.

Olhei para meu reflexo no chá, de repente me lembrando de minha vida antiga como a esposa de um nobre. Já tive mordomos e empregadas que me serviam lanches e chás. De súbito, lembrei-me de que costumava preparar lanches e chás para… aquele homem. E havia considerado isso como momentos de união.

Agora que vivia como uma camponesa, tendo voltado a ser uma Ômega, em vez da Luna da alcateia, precisava me esforçar mais, já que precisava prover para meu filho. Alex ficava apenas em nosso apartamento. Às vezes, ele saía e me contava que havia brincado com as outras crianças de nosso bairro, que também moravam em casas ruins.

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