Garota de aluguel romance Capítulo 7

Não demorou muito para que chovesse, o vento forte que a tempestade trouxe, contribuiu para o farfalhar das árvores.

Gisele caminhava vagamente por uma rua deserta e mal iluminada, com as lágrimas que inundavam seu rosto e com o frio que o vento trazia consigo, ela não se importava mais, a garota se lamentava, embora no fundo soubesse que nada disso era realmente sua culpa.

Mesmo se quisesse voltar para a festa, como ela poderia ter cara para isso depois de ser tão humilhada por alguém que nem sabia de sua existência até meia hora atrás? Até mesmo o colar que recebeu foi arrancado de seu pescoço, aquilo valia mais do que sua própria vida.

Com ela, a jovem só levou as roupas do corpo, os saltos que tirou e colocou nas mãos, ela havia abandonado há alguns quarteirões atrás.

Enquanto a chuva enxugava suas lágrimas, Gisele se perguntou se seu marido temporário sentiria sua falta se percebesse que ela não estava mais no baile. "Absolutamente não, afinal, ele tem uma namorada extremamente bonita da qual nem se atreveu a me falar", a figura murmurou para si mesma enquanto seu corpo branco estremecia de frio.

Por algum motivo, a jovem sentiu uma sensação horrível ao pensar em Gabriel com essa modelo, que era evidentemente muito mais elegante e sabia se comportar bem.

De repente, um carro em alta velocidade apareceu no final da rua, o veículo andava tão rápido que além das rodas marcando o solo, fazia um barulho enorme.

Assim que se aproximou de Gisele, o carro parou abruptamente, fazendo com que ela desse pequenos passos para trás e arregalasse os grandes olhos em descrença.

Um homem abriu a porta do veículo e então saiu e se aproximou dela com rapidez. A pessoa parecia um tanto alterada, e então quando estava finalmente na frente dela, ele colocou as mãos grandes em seu braço com gentileza.

— Mulher, você é minha esposa, a Sra. Webster, como pode ser tão ingênua a ponto de deixar que alguém a maltrate? — Gabriel retrucou com firmeza enquanto a olhava fixamente.

Por mais que a chuva fosse muito forte, ele podia ver as lágrimas no rosto da jovem e seu coração derreteu naquela cena, a mesma sensação da vez em que foi abandonado por Débora, seu antigo amor, o rapaz sentiu a necessidade de protegê-la, mesmo se fosse muito doloroso de suportar.

Vendo a expressão melancólica de sua esposa, ele a envolveu em seus braços musculosos, seu abraço era tão forte que mesmo com o frio intenso, ela ainda podia sentir seu abdômen curvilíneo através do terno, junto com sua fragrância masculina que estava desaparecendo lentamente com as gotas d'água que o molhavam.

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