Resumo do capítulo CAPÍTULO DUZENTOS E VINTE E UM: EU QUERIA ME TRANSFORMAR LOGO. do livro GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE de GoodNovel
Descubra os acontecimentos mais importantes de CAPÍTULO DUZENTOS E VINTE E UM: EU QUERIA ME TRANSFORMAR LOGO., um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE. Com a escrita envolvente de GoodNovel, esta obra-prima do gênero Lobisomem continua a emocionar e surpreender a cada página.
POV AMÉLIA.
Esses três, às vezes, parecem crianças. Eulália se sentou ao meu lado, segurou minha mão e começou a acariciá-la com delicadeza. Eu sabia exatamente o que ela queria. Era sempre assim. Eulália se aproximava, me mimava com carinho até criar coragem para pedir que a deixasse tocar na minha barriga e sentir os bebês.
Todos tinham medo de Magnos, que não permitia que ninguém tocasse em meu ventre. Então, quando ele não estava por perto, eles me pediam para sentir meus filhos. Peguei a mão de Eulália e a coloquei sobre meu ventre. Ela não esperava por isso e ficou visivelmente surpresa, mas logo se recompôs e sorriu, acariciando minha barriga com ternura. Meus filhos responderam ao toque da avó, se mexendo suavemente, como se reconhecessem aquele amor.
Eu e meu irmão estávamos tomados pela expectativa. Eulália ainda acariciava minha barriga, o toque dela era reconfortante, mas meus pensamentos estavam focados no que seguiria. Eu mal podia esperar para ouvir as histórias que cada um deles tinha para contar sobre suas primeiras transformações. Era como se um universo desconhecido fosse se abrir diante de mim. Cassius começou a falar. Ele se recostou no sofá, os olhos distantes, como se estivesse revisitando um lugar muito especial em sua memória.
— A primeira vez que me transformei em Argos — começou ele, com a voz grave e pausada — foi um dos momentos mais intensos da minha vida. Eu tinha dez anos, ainda era um filhote. A lua cheia estava no seu auge, e eu sentia uma energia pulsando dentro de mim, como se algo muito maior estivesse prestes a acontecer. — Cassius fez uma pausa, seus olhos agora encontrando os meus, como se quisesse que eu sentisse o que ele sentiu naquele momento.
— A dor dilacerante foi a primeira coisa que senti. Era como se cada osso do meu corpo estivesse se quebrando e se rearranjando. Mas, ao mesmo tempo, havia uma sensação de libertação, de estar finalmente se tornando quem eu estava destinado a ser. Quando meus ossos começaram a se alongar e minha pele a se esticar, percebi que algo extraordinário estava acontecendo. Meu coração batia tão forte que parecia que ia explodir no peito. E então, aconteceu. — Cassius fechou os olhos, revivendo o momento.
— Eu me tornei Argos. Meu lobo interior finalmente tomou forma. A dor deu lugar a uma força avassaladora, a uma sensação de poder que eu nunca havia experimentado antes. Eu podia sentir o chão sob minhas patas, o cheiro da terra, o som do vento através das árvores. Era como se eu estivesse mais vivo do que nunca. Argos é forte, implacável, mas também protetor. Ele é uma parte de mim que eu nunca soube que existia, até aquele momento. — Contou Cassius.
Havia uma reverência na voz de Cassius, uma conexão profunda com seu lobo que era impossível de ignorar. Eu podia sentir a intensidade de cada palavra que ele dizia, como se estivesse me transportando para aquele momento. Senti Ravina animada dentro de mim, e nós queríamos sentir essa emoção também.
— Quando me olhei no espelho d'água pela primeira vez, eu vi aqueles olhos laranjados brilhando de volta para mim e soube que nunca mais seria o mesmo. Argos e eu somos um só, desde então — completou Cassius, a voz carregada de emoção. O silêncio tomou conta da sala. Foi Cecília quem quebrou o silêncio, sua voz ainda carregada de entusiasmo, mas agora com um toque de seriedade.
— Minha primeira transformação foi… inesperada — começou ela, seu tom mais suave do que o habitual. — Eu tinha treze anos e estava na floresta, treinando como de costume. De repente, senti uma dor lancinante percorrer meu corpo, algo que nunca havia experimentado antes. Era como se meu corpo estivesse sendo despedaçado e reconstruído ao mesmo tempo. Mas não era só dor. Era também uma sensação de poder, de liberdade. — Disse Cecília. Os olhos dela brilharam em um tom amarelo-ouro enquanto ela revivia aquele momento. Laila tinha os olhos da mesma cor de Cosmo, seu irmão.
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